Mortui Viventes Docent
Na ciência, como na vida, há que aprender com os mais velhos. É a lei natural das coisas, ainda uma última reminiscência das sociedades de caçadores-recolectores. Será por isso que a Paleopathology Association adoptou, num momento de inspiração feliz (digo eu), o lema Mortui Viventes Docent. Não são precisos grandes conhecimentos de Latim para perceber esta frase que resume aquilo que, em última análise, estamos a fazer ao estudar um conjunto de esqueletos (ou de utensílios, ou de vestígios faunísticos, enfim, qualquer tipo de vestígio do passado); estamos uma vez mais a aprender com os mais velhos. Mesmo que já estejam mortos.