Eu tenho um sonho
Após inspiração do Jatón
Quando os arquitectos da nossa República escreveram as magníficas palavras da Constituição e da Declaração de Rendimentos, assinaram uma promissória de que todos os portugueses seriam devedores. Esta nota foi a promessa de que todos os homens, sim, homens que não gostam de futebol como homens que vão à Luz ou ao Dragão todos os fins-de-semana, teriam garantidos os inalienáveis direitos à cerveja, ao caracol e gajas boas a passarem semi-descascadas pelas esplanadas.
Mas existe algo que preciso dizer à minha gente, que se encontra no cálido limiar que leva ao templo da Justiça. No processo de consecução de nosso legítimo lugar, precisamos não ser culpados de actos errados. Não procuremos satisfazer a nossa sede de liberdade bebendo na taça da amargura e do ódio. Afinal, os compradores de bandeiras pagodescas continentais também são portugueses! Muitas vezes, precisamos elevar-nos às majestosas alturas do encontro da força bruta com a força da alma; e a maravilhosa e nova combatividade que engolfou a comunidade não-bandeiresca não deve levar-nos à desconfiança de todas as pessoas que, levadas por algum êxtase místico, terão, certamente, sido trapaceadas na altura da compra, por um filho mais expedito, que terá, sub-repticiamente, introduzido a referida bandeira no carrinho de compras. Isto porque muitos de nossos irmãos portugueses, como está evidenciado em sua presença nos estádios do Euro, vieram a compreender que seu destino está ligado a nosso destino. E vieram a compreender que sua liberdade está patrioticamente unida a nossa liberdade. Não podemos caminhar sozinhos. E quando caminhamos, precisamos assumir o compromisso de que sempre iremos adiante. Não podemos voltar (à tarde de Sábado).
Digo-lhes hoje, meus amigos, embora nos defrontemos com as dificuldades de hoje e de amanhã, que eu ainda tenho um sonho. E um sonho profundamente enraizado nas miríficas construções que este belo Portugal viu crescer, quais cogumelos, nos últimos anos.
Eu tenho um sonho de que um dia, esta nação se erguerá e viverá o verdadeiro significado de seus princípios: “Achamos que estas verdades são evidentes por elas mesmas, que todos os homens são criados iguais, até que os Ministérios do Trabalho e da Segurança Social e das Finanças provem o contrário“.
Eu tenho um sonho de que, um dia, nas rubras colinas olisiponenses, os filhos de antigos comunistas e os filhos de antigos salazaristas poderão sentar-se juntos à mesa do Congresso do PSD.
Eu tenho um sonho de que, um dia, até mesmo o arquipélago da Madeira, uma região sufocada pelo cheiro a suor de Alberto João Jardim, será transformado num oásis de liberdade e justiça olfactiva.
Eu tenho um sonho de que meus filhos, um dia, viverão numa nação onde não serão julgados pela bandeira que penduram ou não na janela de seus carros e sim pelo conteúdo de seu carácter.
Quando deixarmos soar a liberdade, quando a deixarmos soar em cada povoação e em cada lugarejo, em cada cidade, poderemos acelerar o advento daquele dia em que todos os filhos de Deus, adeptos portistas e benfiquistas, sportinguistas, bloquistas, comunistas, socialistas e sociais-democratas, peixeiras, advogados, médicas e fiscais de linha poderão dar-se as mãos e cantar com as palavras do antigo espiritual: " Livres, enfim. Livres, enfim. Agradecemos a Jorge Nuno Pinto da Costa, todo-poderoso, somos livres, enfim".
Quando os arquitectos da nossa República escreveram as magníficas palavras da Constituição e da Declaração de Rendimentos, assinaram uma promissória de que todos os portugueses seriam devedores. Esta nota foi a promessa de que todos os homens, sim, homens que não gostam de futebol como homens que vão à Luz ou ao Dragão todos os fins-de-semana, teriam garantidos os inalienáveis direitos à cerveja, ao caracol e gajas boas a passarem semi-descascadas pelas esplanadas.
Mas existe algo que preciso dizer à minha gente, que se encontra no cálido limiar que leva ao templo da Justiça. No processo de consecução de nosso legítimo lugar, precisamos não ser culpados de actos errados. Não procuremos satisfazer a nossa sede de liberdade bebendo na taça da amargura e do ódio. Afinal, os compradores de bandeiras pagodescas continentais também são portugueses! Muitas vezes, precisamos elevar-nos às majestosas alturas do encontro da força bruta com a força da alma; e a maravilhosa e nova combatividade que engolfou a comunidade não-bandeiresca não deve levar-nos à desconfiança de todas as pessoas que, levadas por algum êxtase místico, terão, certamente, sido trapaceadas na altura da compra, por um filho mais expedito, que terá, sub-repticiamente, introduzido a referida bandeira no carrinho de compras. Isto porque muitos de nossos irmãos portugueses, como está evidenciado em sua presença nos estádios do Euro, vieram a compreender que seu destino está ligado a nosso destino. E vieram a compreender que sua liberdade está patrioticamente unida a nossa liberdade. Não podemos caminhar sozinhos. E quando caminhamos, precisamos assumir o compromisso de que sempre iremos adiante. Não podemos voltar (à tarde de Sábado).
Digo-lhes hoje, meus amigos, embora nos defrontemos com as dificuldades de hoje e de amanhã, que eu ainda tenho um sonho. E um sonho profundamente enraizado nas miríficas construções que este belo Portugal viu crescer, quais cogumelos, nos últimos anos.
Eu tenho um sonho de que um dia, esta nação se erguerá e viverá o verdadeiro significado de seus princípios: “Achamos que estas verdades são evidentes por elas mesmas, que todos os homens são criados iguais, até que os Ministérios do Trabalho e da Segurança Social e das Finanças provem o contrário“.
Eu tenho um sonho de que, um dia, nas rubras colinas olisiponenses, os filhos de antigos comunistas e os filhos de antigos salazaristas poderão sentar-se juntos à mesa do Congresso do PSD.
Eu tenho um sonho de que, um dia, até mesmo o arquipélago da Madeira, uma região sufocada pelo cheiro a suor de Alberto João Jardim, será transformado num oásis de liberdade e justiça olfactiva.
Eu tenho um sonho de que meus filhos, um dia, viverão numa nação onde não serão julgados pela bandeira que penduram ou não na janela de seus carros e sim pelo conteúdo de seu carácter.
Quando deixarmos soar a liberdade, quando a deixarmos soar em cada povoação e em cada lugarejo, em cada cidade, poderemos acelerar o advento daquele dia em que todos os filhos de Deus, adeptos portistas e benfiquistas, sportinguistas, bloquistas, comunistas, socialistas e sociais-democratas, peixeiras, advogados, médicas e fiscais de linha poderão dar-se as mãos e cantar com as palavras do antigo espiritual: " Livres, enfim. Livres, enfim. Agradecemos a Jorge Nuno Pinto da Costa, todo-poderoso, somos livres, enfim".