quarta-feira, julho 07, 2004

M II

És cruel. Pensava que estava livre, que era dono do meu destino. Mas tu tinhas que voltar, não tinhas? E logo hoje. E logo daquela forma. Logo quando tinha acabado de falar de ti. E de forma tão gentil, que não podia ser real. Mas era. E mais uma vez a tua ternura me surpreendeu, pela forma não polida como me falaste, mas interessada, amiga, verdadeira. Como é que consegues? Como é que recuperas sempre e me mostras uma e outra vez que és um ser humano melhor que eu? Que consegues ultrapassar muito mais coisas, sempre com essa tua inocência tornada brilhantismo?

Por mais de uma hora, mostraste-me novamente porque és quem és para mim. E talvez porque não me liberto totalmente. Porque me é, ainda hoje, tão fácil abrir contigo. E como no fim me consegues deixar sempre um sorriso.

Não me faças o que fizeste. O reencontro futuro não pode ser uma opção, não agora. Ainda seria arriscado. Dá-me tempo, para que possa lidar contigo sem desvios, fraquezas, possíveis erros. Para podermos ser amigos. Prefiro isso à ilusão.

E só uma coisa, como soubeste que era

Dos gardenias para ti
Con ellas quiero decir:
Te quiero, te adoro, mi vida
Ponles toda tu atención
Porque son tu corazón y el mio

Dos gardenias para ti
Que tendrán todo el calor de un beso
Desos besos que te dí
Y que jamás encontrarás
En el calor de otro querer

A tu lado vivirán y se hablarán
Como cuando estás conmigo
Y hasta creerás que se dirán:
Te quiero.
Pero si un atardecer
Las gardenias de mi amor se mueren
Es porque hán adivinado
Que tu amor me ha traicionado
Porque existe otro querer.

esta?