segunda-feira, agosto 16, 2004

Berlengas II

Há qualquer coisa nas Berlengas que me fascina. Não, não é a elevada probabilidade de levar com uma poia de gaivota em cima. Nem o facto destas não hesitarem em nos roubar comida (as gaivotas, não as poias). Nem sequer o bikini da vizinha do socalco do lado.

Fascina-me a combinação de isolamento com construções históricas que pouco alteraram a paisagem. Infelizmente, o mesmo não se pode dizer das mais recentes construções para dar conforto ao visitante, mas, mesmo assim, creio que ainda nos encontramos no nível mínimo, por ali. Ainda é suportável, os prós superam largamente os contras.
O Forte de S. João Baptista encaixa ali na perfeição. Como se ficasse a impressão de não ter vindo alterar nada. It blends in perfectly...



E, por mais kitsch que possa parecer, a falta do farol seria um acto sacrílego!



Se nunca viram um mapa, imaginem dois blocos de pedra com duas gargantas que os cortam a meio, unidos a meio por uma relativamente estreita faixa. Um encaminha-nos o olhar para a costa de Peniche. O outro abre-nos o horizonte do Atlântico. Como se não houvesse fim possível.