segunda-feira, janeiro 03, 2005

2005

Ainda procuro palavras para um post que teima em não querer existir. É como se não o devesse fazer. Certas coisas pertencem a outro domínio, não há necessidade de as tornar visíveis para que existam.

Quer o acaso que este início de 2005 seja marcado por novos encontros, novos motivos para continuar a acreditar no ser humano. Sinto já a saudade (what a portuguese feeling...) daqueles com quem partilhei bons momentos, há horas apenas. Surge-me a curiosidade daqueles que virão e que sei serem outros exemplos disto mesmo. É um abanar do dia-a-dia que me traz (trouxe e trará), ainda que diferente de caso para caso, sempre algo de bom.

No teu caso? Já te disse, o melhor de tudo foi, ainda assim, o surpreendente que te revelaste. A forma como, conhecendo-te, não te conhecia. Não no sentido de seres outra pessoa, diferente, demasiado diferente para que pudesse sentir a mesma proximidade que sinto ainda que à distância. A realidade é que te conhecia como se conhece um iceberg - pelas pontas mais visíveis. A surpresa que sinto ainda hoje é devida ao facto de seres tudo aquilo que pensava mas ainda mais. Ainda mais tudo, muito mais tudo. Ainda toda uma montanha debaixo de água de cuja dimensão só agora começo a tomar consciência.

Obrigado a todos por terem sido o melhor bálsamo possível para um novo ano. A ti, por me tornares o acordar mais feliz, esta manhã.