Alhos e bugalhos
Primeiro que tudo, quero agradecer a todos aqueles que tiveram paciência para ler os posts intermináveis que escrevi sobre os motivos pelos quais não me orgulho de Portugal. Mais ainda aos que tiveram a gentileza (coragem, diria mesmo) de escrever algo sobre isso mesmo. É que, caso alguém ainda não tenha percebido, um dos objectivos era precisamente esse, tomar o pulso às opiniões, obter reacções.
No entanto, creio que, algures along the way, se perdeu o fio à meada. E que, na verdade, ninguém respondeu às provocações que lancei, aos desafios que propus. A ver se nos entendemos, então. Eu não disse que é impossível gostar de Portugal. Nem excluí a hipótese de ser possível ter orgulho no país. E, ao contrário do que alguns possam pensar, eu não sou nem um menino-bem acomodado, à espera de benesses que caiam do céu nem um pessimista crónico, daqueles que só sabem dizer mal mas nunca fazem nada. Para informação de quem não saiba ainda, durante muito tempo fui um daqueles que acreditava que podia trabalhar em prol da comunidade. Acreditei que a investigação científica poderia ajudar Portugal a evoluir. Por outro lado, há 10 anos que pertenço ao que se pode chamar "movimento associativo", na área do património cultural. As minhas férias são passadas a fazer aquilo que é também a minha profissão. Porque gosto. Porque quero. Porque acho que o meu trabalho pode valer alguma coisa, mesmo que não seja remunerado. Porque o meu gozo não é meramente financeiro, é também da descoberta e da divulgação de Portugal. O que é mais do que muitos podem dizer, seguramente. Querem falar de História? Por mim, óptimo, adoro História de Portugal! Querem falar de património? É o assunto que mais facilmente me transforma num activista! Não, não me limito a queixar-me, dizer mal e não fazer nada para mudar e melhorar. Tenho consciência das minhas limitações, mas dentro do que me é possível, tento fazê-lo. Por isso, não tentem colocar-me na prateleira dos "eternos descontentes inertes", porque, definitivamente, essa é uma categoria a que não pertenço!
Aquilo que aqueles posts referem são apenas motivos pelos quais não sinto orgulho em Portugal (e acho que qualquer pessoa inteligente pensará que, de facto, temos muitos motivos para não nos orgulharmos). Mais de uma vez lancei o apelo/desafio a que me indicassem, pelo contrário, motivos para nos orgulharmos de Portugal. Constato que, até agora, ninguém o fez. Quem analisou aqueles posts "limitou-se" a tecer considerações acerca do "ser português", ou sobre hipóteses de descodificação/classificação dos meus motivos. Outros limitaram-se a dar-me respostas que se baseiam numa não-argumentação. A lógica do "todos amamos portugal" e do "temos de ter orgulho" não pega comigo. Vale tanto quanto a palavra do Pedro Santana Lopes.
É só por isto, por achar que se fugiu à questão inicial, que se misturaram alhos com bugalhos que pergunto uma vez mais (e prometo que é a última):
alguém me apresenta motivos para me orgulhar de Portugal?
No entanto, creio que, algures along the way, se perdeu o fio à meada. E que, na verdade, ninguém respondeu às provocações que lancei, aos desafios que propus. A ver se nos entendemos, então. Eu não disse que é impossível gostar de Portugal. Nem excluí a hipótese de ser possível ter orgulho no país. E, ao contrário do que alguns possam pensar, eu não sou nem um menino-bem acomodado, à espera de benesses que caiam do céu nem um pessimista crónico, daqueles que só sabem dizer mal mas nunca fazem nada. Para informação de quem não saiba ainda, durante muito tempo fui um daqueles que acreditava que podia trabalhar em prol da comunidade. Acreditei que a investigação científica poderia ajudar Portugal a evoluir. Por outro lado, há 10 anos que pertenço ao que se pode chamar "movimento associativo", na área do património cultural. As minhas férias são passadas a fazer aquilo que é também a minha profissão. Porque gosto. Porque quero. Porque acho que o meu trabalho pode valer alguma coisa, mesmo que não seja remunerado. Porque o meu gozo não é meramente financeiro, é também da descoberta e da divulgação de Portugal. O que é mais do que muitos podem dizer, seguramente. Querem falar de História? Por mim, óptimo, adoro História de Portugal! Querem falar de património? É o assunto que mais facilmente me transforma num activista! Não, não me limito a queixar-me, dizer mal e não fazer nada para mudar e melhorar. Tenho consciência das minhas limitações, mas dentro do que me é possível, tento fazê-lo. Por isso, não tentem colocar-me na prateleira dos "eternos descontentes inertes", porque, definitivamente, essa é uma categoria a que não pertenço!
Aquilo que aqueles posts referem são apenas motivos pelos quais não sinto orgulho em Portugal (e acho que qualquer pessoa inteligente pensará que, de facto, temos muitos motivos para não nos orgulharmos). Mais de uma vez lancei o apelo/desafio a que me indicassem, pelo contrário, motivos para nos orgulharmos de Portugal. Constato que, até agora, ninguém o fez. Quem analisou aqueles posts "limitou-se" a tecer considerações acerca do "ser português", ou sobre hipóteses de descodificação/classificação dos meus motivos. Outros limitaram-se a dar-me respostas que se baseiam numa não-argumentação. A lógica do "todos amamos portugal" e do "temos de ter orgulho" não pega comigo. Vale tanto quanto a palavra do Pedro Santana Lopes.
É só por isto, por achar que se fugiu à questão inicial, que se misturaram alhos com bugalhos que pergunto uma vez mais (e prometo que é a última):
alguém me apresenta motivos para me orgulhar de Portugal?