O ministro invísivel deu um ar da sua graça
Tem-se tornado habitual considerar que o Ministério da Cultura pura e simplesmente não existiu nos últimos 2 anos e que, por consequência, o ministro da cultura é um "monistro" (um mono-ministro) invisível.
Felizmente, de vez em quando, o Ministério da Cultura mostra estar vivo. E mostra estar atento ao que se vai passando. Soube-se agora que, através do Instituto Português de Museus, o Ministério da Cultura adquiriu uma obra inédita de Diogo de Contreiras, Lamentação sobre Cristo morto, num leilão, por cerca de 11 mil euros. A obra terá sido realizada entre 1535 e 1545, indo agora integrar as coleccções do Museu de Évora.
Enhorabuena!
Nota: enquanto a Europa vivia, durante o século XVI, o clima de instabilidade religiosa provocada pela reforma protestante, vários pintores ganham consciência da sua importância e do seu valor, abandonando a visão do pintor como artífice. Serão, durante muito tempo, acusados de pintarem "à maneira" dos mestres anteriores, sendo considerados como pintores de menor qualidade. Só posteriormente se reconhece a existência e importância do Maneirismo na arte pós-renascentista.
Em Portugal, devido a uma filiação directa nos valores do gótico e da pintura flamenga, só mais tarde seriam aplicados, tanto os valores renascentistas, como, posteriormente, maneiristas. Para a introdução e desenvolvimento de ideais maneiristas em Portugal muito contribuíu Francisco de Holanda.
Da geração de pintores do séc. XVI, destaca-se Diogo de cContreiras, do qual se conhecem relativamente poucas obras, mas cuja assimilação dos modelos italianizantes é extraordinária. Num contexto já de contra-reforma, à qual Portugal virá a aderir e após o Concílio de Trento(1563), Contreiras e outros virão a assumir conteúdos programáticos que, apesar de formalmente contrários a algumas estruturas normativas do Renascimento Clássico, serão mais discretos e contidos que os provenientes dos círculos artísticos de Roma e Florença, por exemplo.
Outros pintores portugueses pertencentes a esta geração:
António Campelo, Francisco Venegas, Fernão Gomes, Gaspar Dias, Diogo Teixeira.
Felizmente, de vez em quando, o Ministério da Cultura mostra estar vivo. E mostra estar atento ao que se vai passando. Soube-se agora que, através do Instituto Português de Museus, o Ministério da Cultura adquiriu uma obra inédita de Diogo de Contreiras, Lamentação sobre Cristo morto, num leilão, por cerca de 11 mil euros. A obra terá sido realizada entre 1535 e 1545, indo agora integrar as coleccções do Museu de Évora.
Enhorabuena!
Nota: enquanto a Europa vivia, durante o século XVI, o clima de instabilidade religiosa provocada pela reforma protestante, vários pintores ganham consciência da sua importância e do seu valor, abandonando a visão do pintor como artífice. Serão, durante muito tempo, acusados de pintarem "à maneira" dos mestres anteriores, sendo considerados como pintores de menor qualidade. Só posteriormente se reconhece a existência e importância do Maneirismo na arte pós-renascentista.
Em Portugal, devido a uma filiação directa nos valores do gótico e da pintura flamenga, só mais tarde seriam aplicados, tanto os valores renascentistas, como, posteriormente, maneiristas. Para a introdução e desenvolvimento de ideais maneiristas em Portugal muito contribuíu Francisco de Holanda.
Da geração de pintores do séc. XVI, destaca-se Diogo de cContreiras, do qual se conhecem relativamente poucas obras, mas cuja assimilação dos modelos italianizantes é extraordinária. Num contexto já de contra-reforma, à qual Portugal virá a aderir e após o Concílio de Trento(1563), Contreiras e outros virão a assumir conteúdos programáticos que, apesar de formalmente contrários a algumas estruturas normativas do Renascimento Clássico, serão mais discretos e contidos que os provenientes dos círculos artísticos de Roma e Florença, por exemplo.
Outros pintores portugueses pertencentes a esta geração:
António Campelo, Francisco Venegas, Fernão Gomes, Gaspar Dias, Diogo Teixeira.