sábado, outubro 02, 2004

"Erros meus, má fortuna..."

Não foi um pedido desesperado aquilo que te fiz. Não foi uma forma tosca de te dizer que te quero de novo na minha vida, que devias esquecer tudo o que se passou e dar-me uma nova oportunidade. Mesmo se fui eu quem já perdeu uma. Não foi uma forma de te dizer que espero pelo teu regresso não anunciado.

Deixei cair todas as máscaras, desta vez. Sabes agora o quanto as minhas decisões me trouxeram de mal. Não tanto quanto a ti, sei-o bem. Mas sabes finalmente que a minha dor se prolonga no tempo. Perdura, a cada etapa que a marcha dos dias ultrapassa, cada vez com maior dor. E faz-me perceber que não posso continuar sem ti, nesse meu acto de contrição.

Pus-me definitivamente nas tuas mãos. A decisão é toda tua, nem que seja para me acabar com esta ilusão. Quando for a hora, dir-me-às qual é a minha sentença. Até lá, recordar-me-ei das noites em que em surdina o teu coração falava com o meu, apenas para descobrirem que eram um e o mesmo.