sexta-feira, dezembro 03, 2004

Da seriedade na política

Haverá, seguramente, quem discorde desta minha opinião. Haverá até quem, num lampejo de inteligência [Yeah, right!], ache que isto é normal e que até serve para aproximar a política dos cidadãos comuns e até daqueles que utilizam as "auto-estradas da informação", aqueles que representam o sonho (eternamente adiado) da Sociedade da Informação. Eu, pessoalmente, acho que isto é apenas mais um exemplo de como há partidos com sentido de responsabilidade (se eu fosse mais um desses palhaços Neo-Cons que tomaram de assalto este país, chamar-lhe-ia "Sentido de Estado") e depois há outros; aqueles partidos que acham que a política deve ser aligeirada, que governar é fácil - basta ter sido dirigente futebolístico e autarca-e-meio. São "famílias" políticas que têm por hábito acusar os "outros" de serem trauliteiros, mal-educados, radicais... Alguns gostam de arvorar a sua pretensa tradição, no seu conservadorismo bacoco e bafiento. Mas seguramente que todos acham normal que no site oficial do seu partido surjam jogos com nomes tão sugestivos como "Laranja Man" e "Orange Destroyer".

Aliás, deixo-vos estas duas pérolas, as sinopses de ambos os jogos (vilmente copiando os clássicos "Pac-Man" e "Space Invaders"):

Laranja Man - Não deixe que os terriveis agentes RosaOids da Corrupção e do Clientelismo dêem cabo do universo.

Orange Destroyer - Detenha a invasão dos temíveis RosaOids que ameaçam destruir o planeta Portugalis.


Este é, no entanto, o retrato mais fiel do PSD. Um bando de adolescentes com hábitos compulsivos relacionados com video-games (sempre é mais divertido que as reuniões do Conselho de Ministros, não é?), desfasamento da realidade do país, com a mania que são detentores de alguma verdade suprema e completamente ridículos, na postura que mantêm. Felizmente que a fachada séria que tentam a todo o custo manter se desmorona por completo nestas petites folies a que se dão direito, de quando em vez...