RRRrrrr!!!
Esta foi uma semana muito cinéfila. Depois do 2046 (Rui, tu ias adorar. Tens de fugir do exílio rapidamente, que não me parece que isto seja filme que vá passar por aí.), foi a vez de uma oportunidade rara - rir-me a bom rir num cinema, à conta daquilo que é o meu mundo. Ver como um dos melhores grupos de comediantes franceses trabalha a Pré-História. E ver que, afinal, trabalham-na da única forma possível (e que nós próprios utilizamos em momentos de divagação e descontração) - através do non-sense.
Não são os Monty Python, claro. Mas vê-se que estudaram bem a lição, logo nos primeiros segundos do filme, com direito, inclusivé, a uma pequena homenagem. Só assim se compreende a narração em tom dramático da heroicidade da 101ª do Exército Norte-Americano no Vietname, que, numa missão supostamente de rotina, acaba a resistir heroicamente durante 9 dias, apesar da inexperiência dos soldados, concluída com um lapidar "Ce film ne raconte pas leur histoire!".
Fazer uma comédia numa paisagem inóspita, dominada por mamutes, cavalimutes (cavalos com presas iguais aos mamutes), galinhamutes (idem) ou vermutes (minhocas com presas de marfim em miniatura é coisa que nem in my wildest dreams!) é um desafio. Mas é um desafio largamente ultrapassado por este grupo de actores. A opção de retratar conflitos entre grupos humanos seria evidente. Muito menos evidente é que o pomo da discórdia seja o facto de uma das tribos deter o segredo do champô e outra não (com graves consequências ao seu desenvolvimento, como facilmente imaginamos).
Não é uma obra-prima. Nesse aspecto, Alain Chabat fez muito melhor em Les Nuls. Mas é uma muito divertida aproximação a um género que raramente é focado e que, por motivos que todos conhecem, me toca de forma muito particular. É, além disso, uma homenagem a vários projectos, dos já referidos Monty Python aos Flintstones, com o toque inconfundível dos Robins des Bois.
Se eu algum dia der aulas (o que, por outras palavras, significará mais ou menos a chegada do Anti-Cristo), a primeira ou a última (ou nas duas, porque não?!) aula será passada a ver este filme. Obrigatório para arqueólogos, that's what I say.
Não são os Monty Python, claro. Mas vê-se que estudaram bem a lição, logo nos primeiros segundos do filme, com direito, inclusivé, a uma pequena homenagem. Só assim se compreende a narração em tom dramático da heroicidade da 101ª do Exército Norte-Americano no Vietname, que, numa missão supostamente de rotina, acaba a resistir heroicamente durante 9 dias, apesar da inexperiência dos soldados, concluída com um lapidar "Ce film ne raconte pas leur histoire!".
Fazer uma comédia numa paisagem inóspita, dominada por mamutes, cavalimutes (cavalos com presas iguais aos mamutes), galinhamutes (idem) ou vermutes (minhocas com presas de marfim em miniatura é coisa que nem in my wildest dreams!) é um desafio. Mas é um desafio largamente ultrapassado por este grupo de actores. A opção de retratar conflitos entre grupos humanos seria evidente. Muito menos evidente é que o pomo da discórdia seja o facto de uma das tribos deter o segredo do champô e outra não (com graves consequências ao seu desenvolvimento, como facilmente imaginamos).
Não é uma obra-prima. Nesse aspecto, Alain Chabat fez muito melhor em Les Nuls. Mas é uma muito divertida aproximação a um género que raramente é focado e que, por motivos que todos conhecem, me toca de forma muito particular. É, além disso, uma homenagem a vários projectos, dos já referidos Monty Python aos Flintstones, com o toque inconfundível dos Robins des Bois.
Se eu algum dia der aulas (o que, por outras palavras, significará mais ou menos a chegada do Anti-Cristo), a primeira ou a última (ou nas duas, porque não?!) aula será passada a ver este filme. Obrigatório para arqueólogos, that's what I say.