Pelo direito ao contraditório
Os relacionamentos entre homens e mulheres são (foram e serão) assunto habitual na escrita mundial. Milhares são já as páginas escritas na tentativa de compreensão desses mecanismos. Pessoalmente, acho que os homens são uns incompreendidos. As mulheres podem perfeitamente dizer o mesmo. Mas isso agora não me interessa lá muito, se querem que vos diga. Querida amiga, aquilo que descreves é um fraco exemplo de homem, caramba (ou então, é um homem muito desesperado...)! Ainda assim, tentarei lançar alguma luz sobre as ignotas motivações de tão desastrado comportamento. A ver:
Cenário - Se já foram apresentados e ele achou-a o máximo, é mais que evidente que existe um pré-interesse. A partir desse ponto, toda a libertação de hormonas se torna iminente, com resultados, compreensivelmente, imprevisíveis.
1 - Não é o facto dela se sentar a seu lado que o põe automaticamente a pensar que ela está fisgada. São as feromonas dela (ainda que involuntárias, admito) que o tiram do sério.
2 - Não é o riso dela, nem a possibilidade dela achar-lhe piada que o põe com aquele ar guloso. É a forma como o peito dela abana a cada risada que ela dá.
3 - Partilhar o copo é algo de íntimo. Ao fim e ao cabo, é um beijo com direito a intermediário (o copo). É tão pouco higiénico quanto o beijo em si e trocam-se mais ou menos o mesmo tipo de bactérias. Além disso, se o álcool abunda no jantar, ele estará provavelmente a pensar que ela estará no papo apenas porque está a caminho de se embebedar.
4 - Ninguém pergunta por livros preferidos de forma pura e simplesmente inocente. Isso ensinam as revistas femininas feitas de modo a que sejam os homens a lê-las (daí as boazudas semi-nuas por todo o lado), para que saibam aquilo que supostamente as mulheres querem.
5 - Essa atenção pela roupa deriva, também das revistas referidas no ponto anterior. São já demasiadas as páginas recheadas de conselhos do tipo "O amor é como uma flor. Precisa de ser regado regularmente. Diga-lhe que reparou na nova camisola ou saia que ela comprou e como ela fica bonita com elas. Comente o novo corte de cabelo dela. Elogie-o, mas não de forma exagerada, que pareça falsa.", para que esse homem consiga evitar tecer comentários desse género. O tocar na camisa e o enfiar a mão debaixo da gola são apenas preocupações com a qualidade do tecido.
6 - "À meia-noite todos os homens se transformam em espanhóis..." Vá lá... Às 9 da manhã, muitas mulheres se transformam em abóboras...
7 - Os homens são uns exagerados por natureza. Há que dar um desconto, se ele diz que és a mulher mais bonita que ele já viu em toda a sua vida. Essa afirmação está ao mesmo nível das que ele fará aos amigos sobre o tamanho do pénis...
8 e 9 - Se já passa da meia-noite e ele já se transformou em espanhol, é natural que não compreenda uma recusa (ou mesmo várias). Afinal, os espanhóis nunca percebem aquilo que nós queremos que eles percebam, antes apenas aquilo que eles querem perceber.
10 - Ele não estava a barrar o caminho. Estava apenas a chamar a atenção mais uma vez para a largura dos seus ombros, tal como manda a Xis, nas suas matérias sobre linguagem corporal ("Estique os ombros para fora, não se encolha...").
Cenário - Se já foram apresentados e ele achou-a o máximo, é mais que evidente que existe um pré-interesse. A partir desse ponto, toda a libertação de hormonas se torna iminente, com resultados, compreensivelmente, imprevisíveis.
1 - Não é o facto dela se sentar a seu lado que o põe automaticamente a pensar que ela está fisgada. São as feromonas dela (ainda que involuntárias, admito) que o tiram do sério.
2 - Não é o riso dela, nem a possibilidade dela achar-lhe piada que o põe com aquele ar guloso. É a forma como o peito dela abana a cada risada que ela dá.
3 - Partilhar o copo é algo de íntimo. Ao fim e ao cabo, é um beijo com direito a intermediário (o copo). É tão pouco higiénico quanto o beijo em si e trocam-se mais ou menos o mesmo tipo de bactérias. Além disso, se o álcool abunda no jantar, ele estará provavelmente a pensar que ela estará no papo apenas porque está a caminho de se embebedar.
4 - Ninguém pergunta por livros preferidos de forma pura e simplesmente inocente. Isso ensinam as revistas femininas feitas de modo a que sejam os homens a lê-las (daí as boazudas semi-nuas por todo o lado), para que saibam aquilo que supostamente as mulheres querem.
5 - Essa atenção pela roupa deriva, também das revistas referidas no ponto anterior. São já demasiadas as páginas recheadas de conselhos do tipo "O amor é como uma flor. Precisa de ser regado regularmente. Diga-lhe que reparou na nova camisola ou saia que ela comprou e como ela fica bonita com elas. Comente o novo corte de cabelo dela. Elogie-o, mas não de forma exagerada, que pareça falsa.", para que esse homem consiga evitar tecer comentários desse género. O tocar na camisa e o enfiar a mão debaixo da gola são apenas preocupações com a qualidade do tecido.
6 - "À meia-noite todos os homens se transformam em espanhóis..." Vá lá... Às 9 da manhã, muitas mulheres se transformam em abóboras...
7 - Os homens são uns exagerados por natureza. Há que dar um desconto, se ele diz que és a mulher mais bonita que ele já viu em toda a sua vida. Essa afirmação está ao mesmo nível das que ele fará aos amigos sobre o tamanho do pénis...
8 e 9 - Se já passa da meia-noite e ele já se transformou em espanhol, é natural que não compreenda uma recusa (ou mesmo várias). Afinal, os espanhóis nunca percebem aquilo que nós queremos que eles percebam, antes apenas aquilo que eles querem perceber.
10 - Ele não estava a barrar o caminho. Estava apenas a chamar a atenção mais uma vez para a largura dos seus ombros, tal como manda a Xis, nas suas matérias sobre linguagem corporal ("Estique os ombros para fora, não se encolha...").