quinta-feira, fevereiro 24, 2005

Eu e os Manéis

Há pessoas que têm uma sina na vida. Conheço quem a tenha com signos das pessoas que conhece ou com números que se repetem incessantemente nas suas vidas. Como sou um açambarcador, tenho não uma, mas duas sinas.

A primeira é com a letra M. A título de exemplo, só me lembro de uma ex-namorada cujo nome não comece por M! É útil, na medida em que facilita a organização dos números numa agenda telefónica. É um problema na medida em que esses números ficam perigosamente juntos na agenda telefónica. E nem quero imaginar o que uma mulher pode fazer com acesso facilitado pela ordem alfabética a uma lista com os números de telefone das ex-namoradas do seu actual respectivo. Deve ser por isso que não uso agenda telefónica...

A segunda é com os Manéis. Há sempre um Manel na minha vida. Comecei cedo, o meu pai chama-se Manuel [Que original, não é?]. A minha "turma" durante o curso tinha um nome: Manel. A única pessoa que conheço que é tudo aquilo que eu sou - elevado ao quadrado, o que é grave, visto que o Manel é 8 anos mais velho que eu! O único colega de turma que tive com quem nunca precisei de falar para me fazer entender; se falasse, podia fazê-lo num código semântico próprio de tal forma estranho (e ridículo aos ouvidos dos outros) que funcionava na perfeição. Hoje, outros Manéis me aparecem ao caminho. Mas são sempre Manéis.

Na verdade, até tenho uma terceira sina. Mas essa não é para divulgar por aqui...