Lembro-me
Estava há pouco a pensar naquele dia em que me olhaste nos olhos e me disseste "amo-te". Foi a primeira e das poucas vezes que o ouvi da tua boca. E sempre que me lembro desse instante, lembro-me de como me senti na altura. De como tudo pareceu fazer muito mais sentido desde então. A impressão de "atestado de certificação", afinal era verdade, estava tudo certo, eu amava-te e tu amavas-me. E a minha vida podia voltar a ter uma realidade, para lá destes meios entre os quais me movo diariamente, realidades paralelas, inconstantes. Deste-me naquele momento uma realidade palpável, estável. Um chão a que me agarrar e de onde partir para enfrentar tudo o resto com novo ânimo.
Não sou perfeito. Mas contigo posso ser mais transparente, mais verdadeiro, menos defensivo. De ti não me vem mal algum. E todas as nuvens que passam não são maiores que a luz daquilo que se sente no ar quando estamos juntos. Há-de chegar o dia em que não há mais máscaras, panos de muralha, couraças que me protejam. Nesse dia, espero que ao meu lado estejas tu.
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Não sou perfeito. Mas contigo posso ser mais transparente, mais verdadeiro, menos defensivo. De ti não me vem mal algum. E todas as nuvens que passam não são maiores que a luz daquilo que se sente no ar quando estamos juntos. Há-de chegar o dia em que não há mais máscaras, panos de muralha, couraças que me protejam. Nesse dia, espero que ao meu lado estejas tu.
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