eSCUTo!
A discussão que as SCUT's geraram, com o anúncio por parte do ministro António Mexia (sim, o tal que, fosse este um país - coisa de que começo a duvidar - seria responsabilizado pelo desrespeito grave de normas de segurança na refinaria da Galp em Matosinhos) da provável introdução de portagens deixou-me perplexo. Para quem ainda não percebeu (nomeadamente, o sr. Ministro), esclareço que SCUT é um acrónimo para "Sem Custos para o Utilizador". You know what I mean? No tolls! A menos que as referidas vias se passem a chamar ESCUTA - Ex-Sem Custos para o Utilizador Aldrabado...
Mas, dizia eu, esta discussão deixou-me perplexo. Sobretudo, pelo tipo de comentários e opiniões completamente imbecis que tenho ouvido/lido. Esclareçamo-nos, sou, regra geral, contra o princípio do "utilizador-pagador". Pego no exemplo do Ensino Superior. Se há coisa em que o Estado português já "cagou de alto" há muito tempo é na gratuitidade do ensino. A quem é que cabe pagar? Ao utilizador, pois claro! Mas, não contente com isto, o tuga ignorante, que acha que este país tem licenciados a mais, provavelmente roído de inveja ou de outro qualquer sentimento reles parecido, continua a dizer, quando questionado sobre os aumentos de propinas, que acha "muito bem, que aquilo é tudo uma cambada de meninos-ricos, que se passeiam nos seus belos carros e que gastam muito mais que isso numa noite de copos". Pois. Esse tuga, como, além de ignorante, é estúpido, acha que cabe aos estudantes pagar a sua formação, mas já não acha bem que a sociedade, ao utilizar esses indivíduos formados, lhes pague convenientemente. "Querem é andar gordos, já recebem muito bem, esses dótôres!"
Não é exclusivo do estudante o proveito da sua formação. Sendo assim, porque há-de ser ele a pagar?
E pego neste exemplo para o meu posicionamento em relação ao princípio do utilizador-pagador; mas alguém que se dê ao trabalho de limpar as teias de aranha e puxar o autoclismo ao cérebro acredita nas balelas do "pastor que não tem carro, que não tem nada que pagar para os senhores de Lisboa andarem de carro"?!
Sejamos claros:
As SCUT's foram construídas com dinheiro NOSSO! Ou alguém acredita que as concessionárias investiram o dinheiro necessário à construção dessas vias?! E que culpa tem o resto do país do caos lisboeta? Se o litoral está desenvolvido e pode bem exigir aos seus utilizadores o pagamento de uma portagem, o mesmo não se passa no resto do país. Quanto a mim, nem me posso queixar muito, pois tenho alternativas. Terceiro-mundistas, é certo, como tudo aquilo que este Governo parece desejar para os portugueses. Mas tenho-as. Outras regiões não podem dizer o mesmo. Mas toma lá portagens, meu sacana! Achavas que continuavas à borliú para sempre, não é, malandrote?! A viver à lorde à conta dos pobres pastorinhos transmontanos! Deixa, que o Mexia faz-te a folha!
Já agora, gostava de saber como é que se vai cumprir o tal "crescimento económico" colocando entraves às empresas que necessitem de utilizar estas vias de comunicação. Ou, melhor ainda, às empresas da região. Aliás, eu gostava de saber se os pacotinhos de arroz e açúcar dos "pastorinhos" chegam às suas mãos por obra e graça do Espírito Santo! Ou consumir produtos transportados por auto-estrada não é ser utilizador indirecto dessa mesma auto-estrada?
Não me surpreende este tipo de raciocínio proveniente do Governo. Nada me surpreende, aliás, vindo daquela caderneta. Surpreende-me, sim, a impressão que tenho que cada vez mais pessoas alinham neste tipo de argumentos imbecis.
Ou não, ou não...
Mas, dizia eu, esta discussão deixou-me perplexo. Sobretudo, pelo tipo de comentários e opiniões completamente imbecis que tenho ouvido/lido. Esclareçamo-nos, sou, regra geral, contra o princípio do "utilizador-pagador". Pego no exemplo do Ensino Superior. Se há coisa em que o Estado português já "cagou de alto" há muito tempo é na gratuitidade do ensino. A quem é que cabe pagar? Ao utilizador, pois claro! Mas, não contente com isto, o tuga ignorante, que acha que este país tem licenciados a mais, provavelmente roído de inveja ou de outro qualquer sentimento reles parecido, continua a dizer, quando questionado sobre os aumentos de propinas, que acha "muito bem, que aquilo é tudo uma cambada de meninos-ricos, que se passeiam nos seus belos carros e que gastam muito mais que isso numa noite de copos". Pois. Esse tuga, como, além de ignorante, é estúpido, acha que cabe aos estudantes pagar a sua formação, mas já não acha bem que a sociedade, ao utilizar esses indivíduos formados, lhes pague convenientemente. "Querem é andar gordos, já recebem muito bem, esses dótôres!"
Não é exclusivo do estudante o proveito da sua formação. Sendo assim, porque há-de ser ele a pagar?
E pego neste exemplo para o meu posicionamento em relação ao princípio do utilizador-pagador; mas alguém que se dê ao trabalho de limpar as teias de aranha e puxar o autoclismo ao cérebro acredita nas balelas do "pastor que não tem carro, que não tem nada que pagar para os senhores de Lisboa andarem de carro"?!
Sejamos claros:
As SCUT's foram construídas com dinheiro NOSSO! Ou alguém acredita que as concessionárias investiram o dinheiro necessário à construção dessas vias?! E que culpa tem o resto do país do caos lisboeta? Se o litoral está desenvolvido e pode bem exigir aos seus utilizadores o pagamento de uma portagem, o mesmo não se passa no resto do país. Quanto a mim, nem me posso queixar muito, pois tenho alternativas. Terceiro-mundistas, é certo, como tudo aquilo que este Governo parece desejar para os portugueses. Mas tenho-as. Outras regiões não podem dizer o mesmo. Mas toma lá portagens, meu sacana! Achavas que continuavas à borliú para sempre, não é, malandrote?! A viver à lorde à conta dos pobres pastorinhos transmontanos! Deixa, que o Mexia faz-te a folha!
Já agora, gostava de saber como é que se vai cumprir o tal "crescimento económico" colocando entraves às empresas que necessitem de utilizar estas vias de comunicação. Ou, melhor ainda, às empresas da região. Aliás, eu gostava de saber se os pacotinhos de arroz e açúcar dos "pastorinhos" chegam às suas mãos por obra e graça do Espírito Santo! Ou consumir produtos transportados por auto-estrada não é ser utilizador indirecto dessa mesma auto-estrada?
Não me surpreende este tipo de raciocínio proveniente do Governo. Nada me surpreende, aliás, vindo daquela caderneta. Surpreende-me, sim, a impressão que tenho que cada vez mais pessoas alinham neste tipo de argumentos imbecis.
Ou não, ou não...