segunda-feira, janeiro 31, 2005

Pelo amor

Preciso de ti, sabe-lo bem. E por que motivos. Não é possível, mas precisava que aqui estivesses e me abraçasses. Para que, pelo menos pelo tempo que durasse o teu abraço, pudesse voltar a ser mais eu próprio. Mais próximo daquilo que me sinto, ultimamente. Para nos teus braços o medo desaparecer, como desaparece às crianças que são abraçadas por aqueles que amam.

Para me fazeres enfrentar o amanhã de peito aberto, sem medo de nada nem de ninguém, protegido por algo inabalável.

sexta-feira, janeiro 28, 2005

RRRrrrr!!!

Esta foi uma semana muito cinéfila. Depois do 2046 (Rui, tu ias adorar. Tens de fugir do exílio rapidamente, que não me parece que isto seja filme que vá passar por aí.), foi a vez de uma oportunidade rara - rir-me a bom rir num cinema, à conta daquilo que é o meu mundo. Ver como um dos melhores grupos de comediantes franceses trabalha a Pré-História. E ver que, afinal, trabalham-na da única forma possível (e que nós próprios utilizamos em momentos de divagação e descontração) - através do non-sense.

Não são os Monty Python, claro. Mas vê-se que estudaram bem a lição, logo nos primeiros segundos do filme, com direito, inclusivé, a uma pequena homenagem. Só assim se compreende a narração em tom dramático da heroicidade da 101ª do Exército Norte-Americano no Vietname, que, numa missão supostamente de rotina, acaba a resistir heroicamente durante 9 dias, apesar da inexperiência dos soldados, concluída com um lapidar "Ce film ne raconte pas leur histoire!".

Fazer uma comédia numa paisagem inóspita, dominada por mamutes, cavalimutes (cavalos com presas iguais aos mamutes), galinhamutes (idem) ou vermutes (minhocas com presas de marfim em miniatura é coisa que nem in my wildest dreams!) é um desafio. Mas é um desafio largamente ultrapassado por este grupo de actores. A opção de retratar conflitos entre grupos humanos seria evidente. Muito menos evidente é que o pomo da discórdia seja o facto de uma das tribos deter o segredo do champô e outra não (com graves consequências ao seu desenvolvimento, como facilmente imaginamos).

Não é uma obra-prima. Nesse aspecto, Alain Chabat fez muito melhor em Les Nuls. Mas é uma muito divertida aproximação a um género que raramente é focado e que, por motivos que todos conhecem, me toca de forma muito particular. É, além disso, uma homenagem a vários projectos, dos já referidos Monty Python aos Flintstones, com o toque inconfundível dos Robins des Bois.

Se eu algum dia der aulas (o que, por outras palavras, significará mais ou menos a chegada do Anti-Cristo), a primeira ou a última (ou nas duas, porque não?!) aula será passada a ver este filme. Obrigatório para arqueólogos, that's what I say.

Calhou-me na rifa

A Sara escolheu-me como um dos quatro premiados com estas quatro perguntas (na realidade, eu deveria dizer que fui um dos premiados com um dildo, mas vamos manter um pouco de elevação neste estaminé...), a que respondo aqui:

1. HAVE YOU EVER USED TOYS OR OTHER THINGS DURING SEX?
Não, eu levo estas coisas muito a sério...

2. WOULD YOU CONSIDER USING DILDOS OR OTHER SEXUAL TOYS IN THE FUTURE?
Lego, conta?

3. WHAT IS YOUR KINKIEST FANTASY YOU HAVE YET TO REALIZE?
Ver este governo a atacar no Parque Eduardo VII (VER, ATENÇÃO!).

4. WHO GAVE YOU THIS DILDO?
Uma gaja. Uma gaja que gosta de gajas. Uma sem-vergonhice, enfim...

Os quatro nomeados seguintes são (bolas, Sara, que me roubaste montes de clientela!):
Pedro (safas-te da Sara mas aqui "não há pão para malucos")
Polliejean
Oliveirinha
João O

Quem é amigo, quem é?

quarta-feira, janeiro 26, 2005

"O IPJ é contra o aborto"

Diz Maria Geraldes, presidente do Instituto Português da Juventude. Lamento as alarvidades que se dizem neste país por pessoas responsáveis por institutos públicos, sinceramente. Dona Maria Geraldes, lamento informá-la, mas o IPJ não é a favor nem contra nada! Só pode ser cumpridor das leis deste país! E mais nada!

Solidariedade. Compreensão.

A queda de um homem numa voragem da qual ele próprio só se apercebe no fim, abandonado, esquecido no banco de trás de um táxi. Ou estaria ele sempre bem consciente dessa realidade (e esse seria o seu verdadeiro sofrimento)?

Um homem na busca de um amor do passado, em cada mulher que encontra no presente algo que lhe relembra aquilo que uma vez teve - e perdeu. Não, Mr. Chow não brinca com as mulheres e com os seus sentimentos. Apenas se ilude, acredita que no amor há substitutos.

Se, de facto, o amor é uma questão de oportunidade, também de nada vale procurar noutras pessoas aquilo que uma não nos pôde dar a dada altura.

terça-feira, janeiro 25, 2005

Porno-Cookies


Mondongo, Serie Negra 2004 (bolachas sobre madeira)

Visto n'O Melhor Anjo.

Como se faz política suja

Não me vou pronunciar sobre a opção pela co-incineração, não domino suficientemente a questão para o fazer. Prefiro referir declarações de Nobre Guedes, a propósito do abandono do processo de co-incineração. E da forma como este governo (de gestão, dizem uns, de digestão, dizem os próprios) se prepara para fazer refém das suas opções um próximo governo, seja ele quem for:

Nobre Guedes aproveitou (...) para anunciar que, ainda esta semana, a comissão de avaliação independente que está a acompanhar o processo de instalação dos CIRVER se pronunciará por uma (ou mais) das nove propostas que se apresentaram em concurso público.

"Antes das eleições, estará em condições de ser promulgado o despacho que institui os CIRVER", afirmou.

Questionado se o PS poderá inverter este processo se for governo, Nobre Guedes considerou que "dificilmente haverá condições políticas" para o fazer.

"Podem revogar o que decidimos e indemnizar o concorrente que vier a ganhar o concurso. O problema é o que isso iria custar ao erário público", disse Nobre Guedes.

segunda-feira, janeiro 24, 2005

A blogosfera é um reflexo da realidade

Esta campanha inclui a novidade que é a blogosfera. De tal forma que 4 dos 5 líderes partidários com assento parlamentar possuem actualmente blogs, sediados no Sapo (que mau gosto!). Não será por acaso que no de Santana Lopes o que se encontra seja... uma página em branco!

Comparações absurdas?

Fórum TSF pela manhã, Fórum Mulher pela tarde. O tema, como sabem, é o mesmo, refere-se à "questão dos debates". Sinceramente? Estou em choque! Estou em choque por ainda existirem pessoas que dizem enormidades do calibre da sra. Maria Macedo, que acabo de ouvir, com o seu tom mais cândido, nacional-porreirista, catolicozinho delicodoce, em apelos para que "deixem trabalhar o Dr. Santana Lopes, que ele apresentou medidas mas não o deixam trabalhar". Em que mundo viverá aquela mulher que diz verem "os outros no Dr. Santana Lopes alguém que está à frente de uma geração nova e que os velhos que fugiram querem todos para lá voltar"?! Referia-se às tentativas descaradas de controlo dos media? Ou será que lhe reconhece a frontalidade, ao fazer a distribuição indiscriminada de cargos pelos amigos, como uma qualidade?!

Não tenho nada contra a sra. Maria Macedo. Não sei quem é, mas pela forma como se expressou percebo que aquilo que pensa só pode derivar de um baixo nível de instrução, conjugado com uma ingenuidade perigosa, quando de votos falamos. Tenho medo destas "Marias Macedos", que na sua ignorância e ingenuidade votam em quem melhor as convence, com falinhas mansas e discursos demagógicos. Fazem-me pensar numas certas eleições americanas, em que um candidato que qualquer pensamento digno desse nome afastaria da intenção de voto de um eleitor inteligente consegue obter a maioria dos votos. É uma comparação exagerada; mas aqui há uns 4 ou 5 meses, quem é que diria que o actual presidente americano seria quem é?


E depois escuto a sra. Edite Almeida e a sra. Madalena Vilhena e sinto-me um pouco mais aliviado. Preocupado na mesma, mas aliviado.

Hollywood in my backyard

Tive hoje oportunidade de constatar ao vivo (e em directo) que rotundas não combinam com cargas de grades de bebidas. Agradeço aos responsáveis a oportunidade rara e o momento cinematográfico. Só me ficou uma pergunta a ecoar na cabeça:

Tinham de ser as grades de Super Bock?!

domingo, janeiro 23, 2005

Motivos mais que evidentes para não condenar Louçã

Ando longe, bem sei. Mas não ando distraído, não pensem! Anda meia-blogosfera envolvida num vórtice estranho. Uma voragem transversal que consegue unir a direita portuguesa a homossexuais em defesa de... Paulo Portas?! Tudo por conta da frase de Francisco Louçã no debate na Sic-Notícias. Será?

Sinceramente, é para mim claro que o que empolou esta questão não foi a frase em si. Tal como o João tão bem argumenta aqui (subscrevo inteiramente, João, não fossem os esqueletos no armário e nada disto seria interpretado desta forma). Mas torna-se ainda mais evidente uma outra questão. Anda a esquerda adormecida, enleada em redes de modernismo, tolerância e politicamente correcto. Uma xaropada, portanto.

Habituou-se tanta gente a ver em Louçã o político-académico, o mestre da argumentação, o único político português actual com um discurso com verdadeiro substrato, onde até a forma é de superior qualidade. Habituaram-se todos a vê-lo assim e mais: como o político que nunca chegaria a lado nenhum, mais um eterno-candidato, à imagem dos Garcias Pereiras que ainda vamos tendo nos sobreviventes dos partidos de esquerda do pós-25 de Abril. Mas agora é diferente, não é? Louçã surge cada vez mais como um líder político bem visto junto da população. E não é possível dizer que o projecto do Bloco de Esquerda não tenha sido, até agora, um absoluto sucesso.


Tudo isto para dizer que se esqueceu muita gente que Louçã é, antes de mais, um ser humano. Um ser humano que, sendo afrontado por um adversário que se julga (talvez algum dia alguém me explique em que se baseia essa presunção...) superior moralmente a todos os outros, assim uma espécie de modelo de virtudes a seguir pelos bons e cumpridores cidadãos portugueses, sendo, como dizia, afrontado de forma violenta, demagógica e aviltante numa das principais convicções que o seu partido defende (ou anda tudo surdo e não ouviram o Paulo Portas a tecer a considerações em que aborto e assassinato se misturavam, sinónimos de ocasião ao serviço de um discurso moralista e atentatório das liberdades cívicas portuguesas?!), simplesmente reagiu - e de forma serena, como sempre fala. Louçã mostrou nesses segundos porque é o político mais interessante da esquerda que temos - porque foi o único a verdadeiramente perceberqual a forma de fugir à teia da direita no nosso tempo; mantendo um nível elevado de discurso na generalidade do tempo, não ter medo de mostrar, quando preciso, que se sabe responder da mesma forma violenta e rasteira que eles próprios têm vindo a utilizar. E ser igualmente (ou mais) certeiro que eles próprios. Manter os adversários permanentemente em sentido, pois sabem que não têm pela frente mais um rapazinho simpático idealista.

Regresso a uma melhor realidade

All the towers of ivory are crumbling
And the swallows have sharpened their beaks
This is the time of our great undoing
This is the time that I'll come running
Straight to you
For I am captured
Straight to you
For I am captured
One more time

The light in our window is fading
The candle gutters on the ledge
Well now sorrow, it comes a-stealing
And I'll cry, girl, but I'll come a-running
Straight to you
For I am captured
Straight to you
For I am captured
Once again

Gone are the days of rainbows
Gone are the nights of swinging from the stars
For the sea will swallow up the mountains
And the sky will throw thunder-bolts and sparks
Straight at you
But I'll come a-running
Straight to you
But I'll come a-running
One more time

Heaven has denied us its kingdom
The saints are drunk howling at the moon
The chariots of angels are colliding
Well, I'll run, babe, but I'll come running
Straight to you
For I am captured
Straight to you
For I am captured
One more time

Nick Cave - Straight To You

sexta-feira, janeiro 21, 2005

Proximidade

Tenho de quando em vez o hábito de dar uma vista de olhos por alguns blogs que, não estando linkados, gosto de ir acompanhando. Não são a minha leitura diária, esses sabem bem quem são, mas são blogs que gosto de ir acompanhando espaçadamente. Ao que parece, alguns desses (e outros) deixaram a actividade bloguista.

Há no acto de manter um blog um misto de gozo pessoal, narcisismo e teste de resistência. Já aqui disse que considero um blog como um projecto pessoal, que se rege pelas regras que os autores definem à partida. Mas nada impede que estas regras sejam alteradas a qualquer momento. Tal como na vida. Nada me impede de alterar a forma como encaro a minha vida, a minha atitude perante ela (eu sei que não é bem assim, existem sempre condicionantes externas, mas no plano ideal é mesmo isto que acontece) e, em último caso, nada me impede de a terminar quando muito bem me apetecer. Os blogs são também assim. Nada impede um blogger de terminar o seu blog. Eu próprio já pensei fazê-lo, até mais que uma vez.

Creio que a permeabilidade a essas alterações deriva muito das motivações que cada um tem para o ter criado e não só da personalidade do indivíduo por trás daqueles posts. Nos casos em que as motivações e as temáticas se enraízam directamente na vida real de quem escreve, há que contar com as voltas que essa mesma vida dá. É por isso que "nesses dias o 'delete' é o botão mais próximo.", o que também deixa a porta aberta para um 'reboot'.

quinta-feira, janeiro 20, 2005

Do I need to say more?



Só um povo que não percebe quais as prioridades de que este mundo precisa não percebe porque há terroristas.




sexta-feira, janeiro 14, 2005

Bragança não é só em Trás-os-Montes...

A História repete-se (ou, pelo menos, há quem acredite nisso). A História tem ciclos (ou, pelo menos, parece). A idiotice repete-se (ou, pelo menos, tem sucedâneos).

Acho piada às conversas de mulheres. Sobretudo aquelas que quando se sentem em superioridade numérica esmagadora pensam que, sem se esforçarem muito, conseguem encavacar a macharia presente. Há até algumas que acreditam piamente que nós acreditamos que elas não falam de sexo entre elas, vejam lá! Devem provavelmente achar que os homens acreditam mesmo nessa treta da "conversa de homens". Mas do que gosto mesmo é das alarvidades que dizem, do alto das suas roupinhas XPTO e cabelos com direito a pontas pintadas de vermelho (meninas, os Morangos com Açúcar já mudaram de elenco há taaaaaaaaanto tempo...), poleiro de papagaio em cada orelha e moscas a pairar (provavelmente é o cheiro a merda que atrai, não?). A melhor frase que ouvi hoje da boca de uma dessas criaturas foi "com cona logo ali ao lado, para que é que querem ir ao rabo?!" Eu podia ter-lhe explicado meia-dúzia de coisas. Mas preferi não o fazer. Nem toda a gente merece as minhas explicações, é algo que tenho de aprender a lembrar-me frequentemente. Mas acho-lhes piada.

Só tenho pena que seja este o tipo de mentalidades autorizadas a sentenciar da saúde mental de outras pessoas...

Há alturas em que adoro gente de maus-fígados

quinta-feira, janeiro 13, 2005

Vá lá a ver, tudo a assinar, sefáxavore!

Lições de Maria

Hoje à hora de almoço a minha prima Maria fez questão de me ensinar, do alto de um dos seus berreiros Lisnávicos que meninas de gorro cor-de-rosa não gostam de marmanjos de casacão preto.

terça-feira, janeiro 11, 2005

Momento nostálgico XIX



Dedicado a todos os Peninha-lovers que por aí andam, especialmente à Truta Laranja e à Truta Vermelha!

Às vezes, o mais simples é simplificar, mesmo.

Há neste início de 2005 uma série de questões que levam a que só agora tenha começado a tomar consciência de mim mesmo novamente. No sentido em que só agora começo a tomar uma consciência mais racional que estou em 2005, que a vida voltou ao normal depois das festas, que trazem sempre um ar de semi-férias, como se a vida abrandasse com as quebras impostas por feriados, dias de reunião e excesso.

Este ano além do normal, devido a umas voltas caprichosas da vida. No entanto, há caprichos felizes e esses só podemos agradecer. Neste caso, agradeço a muita gente, por serem bons amigos, vozes críticas ou encorajadoras, consoante a situação. Agradeço-te particularmente por, inadvertidamente, me colocares num desses caminhos de serendipidade.

segunda-feira, janeiro 10, 2005

Passagem de Ano VII ou Estatística de ressacas

Eu bem sei que nenhum de vós negaria. Mas mesmo que tentasse, bastava o gráfico das visitas ao Litanias durante o período de 30 de Dezembro a 5 de Janeiro como contra-argumento... ;-)



domingo, janeiro 09, 2005

Paradoxo blogger

Querendo e tendo tanto para dizer, não conseguir escrever nada.

sexta-feira, janeiro 07, 2005

Passagem de Ano VI - grafiteiros tripeiros

Transmutar su carne en alma, luego su alma en sueño... algures na Rua de Cedofeita.

Passagem de Ano V

Tu podes ter um Cajú, Sara...


...mas nós tínhamos uma Farinha!


6 de Janeiro

Epifania, termo de origem grega que significa "manifestação", é a forma como é referida a festa religiosa de dia 6 de Janeiro, Dia de Reis.

Se, para egípcios e árabes, comemorava o solstício, com associação à ideia de Sol vitorioso, para cristãos recorda as ofertas feitas pelos Reis Magos ao Menino Jesus.

Sol vitorioso ou ofertas simbólicas, é-me indiferente, a minha Epifania cumpriu-se de qualquer das formas...



Giotto - Epifania (1320-25)


quinta-feira, janeiro 06, 2005

Good vibes for a good early start

Don’t get me wrong
If I’m looking kind of dazzled
I see neon lights
Whenever you walk by

Don’t get me wrong
If you say hello and I take a ride
Upon a sea where the mystic moon
Is playing havoc with the tide
Don’t get me wrong

Don’t get me wrong
If I’m acting so distracted
I’m thinking about the fireworks
That go off when you smile

Don’t get me wrong
If I split like light refracted
I’m only off to wander
Across a moonlit mile

Once in awhile
Two people meet
Seemingly for no reason
They just pass on the street
Suddenly thunder, showers everywhere
Who can explain the thunder and rain
But there’s something in the air

Don’t get me wrong
If I come and go like fashion
I might be great tomorrow
But hopeless yesterday

Don’t get me wrong
If I fall in the ’mode of passion’
It might be unbelievable
But let’s not say so long
It might just be fantastic
Don’t get me wrong

Pretenders - Don't Get Me Wrong

Passagem de Ano - IV ou Das duas, três...

...é amor, fome ou fetiche, mesmo!


Nós não somos loiras, nós somos distraídas... ;-)


quarta-feira, janeiro 05, 2005

Esta é para ti, Laranja:

"Eu não sei o que é que se diz dos ribatejanos, mandei esta para o ar, podia ser que alguém me dissesse!" - Truta Laranja, salmonetes do post "Mudança de Casa - III".

Um homem ribatejano
não é um homem qualquer;
ou morre nos cornos d'um toiro
ou nos braços de uma mulher.

Bom, até ver, acho que devo ter mais probabilidades de me acontecer a segunda...

Passagem de Ano - III ou "Isto é que foi uma passagem de ano do..."

Passagem de Ano - II

Tinha prometido falar sobre a passagem de ano com mais calma quando tivesse as fotos. Já tenho algumas, infelizmente as mais engraçadas não fazem parte desse conjunto. De qualquer forma, dizia eu a alguém (eheh...) há dias que, deste fim-de-semana, me lembrava sobretudo de me rir de forma quase ininterrupta durante três dias. E foi o melhor que me podia ter acontecido, de facto. Já me faziam falta, dias assim, em que tudo serve para rir.

Do tripeiro que, às 10 da manhã de dia 1 gritava ao telemóvel ("Cala-te, seu idiota! Vai pró caralho!"), de tal forma alto que se conseguia ouvir num 3º andar, de portas fechadas e música ligada, estando a cerca de um terço da Rotunda da Boavista de distância (a tal ponto que nos fez vir à varanda a pensar que já havia "molho"), ao macho de 1,60m, bigodaça, camisa aberta e andar de Robocop - prefigurando, portanto, um RoboGotchi -, tudo servia para mais umas gargalhadas, normalmente colectivas. Gargalhadas daquelas que vêm bem cá do fundo. De fazer estremecer a casa. Com vontade, com toda a vontade que só a alegria de partilhar bons momentos com boas pessoas pode gerar.



Pensamento constante, por estes dias

I don't believe in an interventionist God
But I know, darling, that you do
But if I did I would kneel down and ask Him
Not to intervene when it came to you
Not to touch a hair on your head
To leave you as you are
And if He felt He had to direct you
Then direct you into my arms

Into my arms, O Lord
Into my arms, O Lord
Into my arms, O Lord
Into my arms

And I don't believe in the existence of angels
But looking at you I wonder if that's true
But if I did I would summon them together
And ask them to watch over you
To each burn a candle for you
To make bright and clear your path
And to walk, like Christ, in grace and love
And guide you into my arms

Into my arms, O Lord
Into my arms, O Lord
Into my arms, O Lord
Into my arms

And I believe in Love
And I know that you do too
And I believe in some kind of path
That we can walk down, me and you
So keep your candlew burning
And make her journey bright and pure
That she will keep returning
Always and evermore

Into my arms, O Lord
Into my arms, O Lord
Into my arms, O Lord
Into my arms

Nick Cave - Into My Arms

terça-feira, janeiro 04, 2005

Não era preciso tanto, Francisco...

...o voto já lá morava de qualquer forma.

"Uma das surpresas das listas provém da colocação da deputada Joana Amaral Dias, que é a número um por Santarém."

Mas obrigadinho na mesma, pá! A malta agradece e já anda a ver se marca lugar nos comícios!

Tens toda a razão, ó Tiago...

...é o limite do disparate! Mas o pior não é terem tentado vender esta merda a um país que está farto destas palhaçadas:



É ainda se fazerem de virgens ofendidas pelo "pai-Cavaco" se recusar a aparecer lado-a-lado com duas figuras que representam parte do pior que a direita portuguesa tem para oferecer. Dois elementos que deviam ser proibidos de entrar neste país, quanto mais de ocuparem cargos. Dois vendidos, que não perdem uma oportunidade para fugirem às suas responsabilidades. Dois bandalhos que, por terem nascido, mereciam que os seus progenitores se martirizassem publicamente durante, pelo menos, o tempo que cada um ocupou/ocupa/ocupará cargos públicos.

Passagem de Ano - I

Não queria falar da Passagem de Ano antes de me entregarem o CD com todas as fotos deste fim-de-semana. Sim, porque levei a digital atrás mas nunca a cheguei a tirar da mochila, portanto as responsabilidades da reportagem ficaram entregues a outros.

Ainda assim, como éramos uma comunidade de inspiração esquerdalha, é evidente que optámos pela divisão comunitária de tarefas. Assim que, enquanto uns cozinhavam, outros puseram a mesa, um ficou responsável pela reportagem fotográfica e eu fiquei encarregue de providenciar alegria ("Troca o CD, Tiago", "Olha, faz aí essa, ó Tiago", "Vocês estão com cara de quem precisava de outra, vou tratar disso"). No dia seguinte, troca de papéis, comigo e outra vítima a ficarmos com a fava de arrumar a mesa e lavar a loiça, perfeitamente suportável visto que acumulei as funções do dia anterior, o que facilita sempre a execução de tarefas chatas, convenhamos...

Quanto a pormenores, como disse, prefiro aguardar pelas fotos, pois é sempre melhor ilustrar adequadamente as situações. Mas posso desde já adiantar uma coisa; ao contrário do que vem sendo habitual, o fogo de artifício funcionou à hora certa.

Por esta é que não esperavas, ò Katraponga... ;-)

segunda-feira, janeiro 03, 2005

A bem da moral...

...neste início de ano, indago do meu posicionamento numa escala de moralidade (valores morais + regulamentação moral).



Your scored -5.5 on the Moral Order axis and 4 on the Moral Rules axis.

Matches
The following items best match your score:
System: Socialism
Variation: Moral Socialism, Extreme Socialism
Ideologies: Activism
US Parties: No match.
Presidents: Jimmy Carter (81.12%)
2004 Election Candidates: Ralph Nader (86.56%), John Kerry (71.27%), George W. Bush (38.88%)

Statistics
Of the 13925 people who took the test:
0.3% had the same score as you.
8.2% were above you on the chart.
88.5% were below you on the chart.
86.9% were to your right on the chart.
9.5% were to your left on the chart.

Esteja descansado, Jorge, non siamo soli...

2005 - II

Ainda no espírito da retrospectiva, aqui sim, são cobertas as temáticas importantes de 2004 para lá da música e cinema!

Tendências

Temos todos uma tendência para a organização, a classificação, o etiquetar. Há momentos que são autênticos hypes desse nosso gosto e aquele que atravessamos é um deles - aquele em que, de forma nostálgica para alguns, imperativa e definitiva para outros, se glorificam "os melhores do ano". Quando digo "os melhores", falo dos melhores de tudo, do cinema à música, passando pelos jogadores de macaca. Enfim, como eu (também!) sou humano, cá vai o meu "Very Best Of Tutauzanénefor":

Cinema


Kill Bill II
Fahrenheit 9/11
Lost In Translation
Comme Une Image
L'Age de Pierre (não chegou a Portugal)


Álbuns

Abbatoir Blues/The Lyre of Orpheus - Nick Cave and The Bad Seeds
Medúlla - Björk
Nus - Mão Morta
Franz Ferdinand - Franz Ferdinand
Lokomotiv - Carlos Barretto, Mário Delgado, José Salgueiro e François Corneloup (editado em 2003, mas só o consegui ouvir em 2004)

Nada de muito original ou surpreendente, afinal boa parte destes "distinguidos" foram já referidos nestas compilações de nostalgia recente de que tanto gostamos a cada novo ano... :-)


2005

Ainda procuro palavras para um post que teima em não querer existir. É como se não o devesse fazer. Certas coisas pertencem a outro domínio, não há necessidade de as tornar visíveis para que existam.

Quer o acaso que este início de 2005 seja marcado por novos encontros, novos motivos para continuar a acreditar no ser humano. Sinto já a saudade (what a portuguese feeling...) daqueles com quem partilhei bons momentos, há horas apenas. Surge-me a curiosidade daqueles que virão e que sei serem outros exemplos disto mesmo. É um abanar do dia-a-dia que me traz (trouxe e trará), ainda que diferente de caso para caso, sempre algo de bom.

No teu caso? Já te disse, o melhor de tudo foi, ainda assim, o surpreendente que te revelaste. A forma como, conhecendo-te, não te conhecia. Não no sentido de seres outra pessoa, diferente, demasiado diferente para que pudesse sentir a mesma proximidade que sinto ainda que à distância. A realidade é que te conhecia como se conhece um iceberg - pelas pontas mais visíveis. A surpresa que sinto ainda hoje é devida ao facto de seres tudo aquilo que pensava mas ainda mais. Ainda mais tudo, muito mais tudo. Ainda toda uma montanha debaixo de água de cuja dimensão só agora começo a tomar consciência.

Obrigado a todos por terem sido o melhor bálsamo possível para um novo ano. A ti, por me tornares o acordar mais feliz, esta manhã.

domingo, janeiro 02, 2005

Blocked blogger

Estes 3 últimos dias foram cheios de emoção. E alegria, muita alegria, causada por diversas pessoas (todos vocês sabem quem são). Gostava de cumprir a promessa feita de escrita de um post - sim, finalmente um post realmente importante. Não a vou cumprir, pelo menos para já. Ainda não tenho o distanciamento suficiente para evitar ser despropositado. Ainda não sosseguei corpo e espírito da folia, amor e amizade.

Desculpa. É a segunda vez que te falho hoje. Ai, este défice neuronal... ;-)