quinta-feira, março 31, 2005

Quinta

Hoje é Quinta. Quinta-feira! (6 days and counting...)

Hoje é dia de Avatara!

Step in the fire of this fatal attraction...:-)

quarta-feira, março 30, 2005

One week from now

Anda este país há dois dias a ouvir a lenga-lenga do quase-semi-acidente-susto do Rui Costa. E logo no dia de aniversário! Não há limites para o fado português! Para a tristeza! A tragédia humana!

Ao mesmo tempo morreram umas mil pessoas do outro lado do mundo. O tal, que há semanas atrás era o "espelho da catástrofe". O catalisador da solidariedade humana. O sinal de que a Humanidade nunca mais seria igual. (Ou pelo menos foi o que nos venderam...)

O maior alívio dos media portugueses? O facto de não existirem vítimas portuguesas!

Daqui a uma semana, ainda vamos ouvir uma grande entrevista com Rui Costa, sobrevivente de um desastre aéreo e umas notas de rodapé sobre uns quantos mortos na Ásia...

Mas daqui a uma semana, isso também já não me interessa...

Esta cena é muito estranha em cima da pele



Depois não digam que não vos avisei!...

terça-feira, março 29, 2005

Not all of them are cheesy

“Porto, 8/3/45

A propósito do seu P.S. (e dizem que as mulheres é que usam e abusam deles, é lê-lo a si. Ou a natureza se enganou). Também eu me retratei há tempos para lhe mandar, mas ficou também tão mal que não tive coragem de meter tal retrato num envelope e mandar-lhe. De resto está diferente do que estou agora, cabelo cortado, caracolinhos soltos com mais ou menos sobriedade, fico mais saudável de aspecto e dizem que mais nova o que aliás me não interessa e até me prejudica na minha vida profissional. E nem sequer ao menos impede o aparecimento de cabelos brancos que se eu esquecesse me lembrariam que caminho rapidamente para os 25 anos, o que, repito, nada me rala porque cada ano se vive diferente, bem ou mal, independentemente da idade, dependente do momento. Por momentos gostaria de correr e saltar, por outros me sinto tão velha como a minha avó, ou mais ainda. Por correr e saltar, não se ria, quando estou no campo e vejo ervinha verde, crescida, tenho uma pena imensa de não ser cabrinha ou outro qualquer bichinho no género. Já as viu alguma vez? Dão uns saltos duma comicidade irresistível, espojam-se, comem tranquilamente, parecem tontinhas de liberdade, da planura, ou da abundância de pasto ou de nada. Pois divirto-me imenso só a pensar que poderia fazer tudo aquilo se tivesse 4 patinhas e no corpo um pelinho comprido sujeito a tosquia periodicamente e chego a invejá-los, pobres animaizinhos, que nem sequer têm a consciência da sua embriaguez de ar livre. E eu que a tenho não me é dado gozá-la como elas a gozam totalmente, terei de conservar a minha impecável compostura ou só darei por mim num manicómio com caras desoladas a contemplarem-me sem compreensão pelo meu momento de total alegria, e da sã – a menos que o não seja por não ser espiritual, mas eu acho que sim e não me interessa o resto.

Já alguma vez pensou nisto? Eu penso e sinto muitas vezes. Duas vezes por semana vou à Foz dar uma aula e quando, de eléctrico, passo a última parte da Avenida, campos dum lado e doutro, uma nora, um pinhalzinho, é rara a vez que não me acodem desejos de sair do carro e transformar-me numa inocente cabrinha, o resto ficaria por minha conta.

E não digo nada a ninguém, digo-o a si muito em segredo, ouviu? E digo-lhe porque o considero a encadernação do meu diário. Ora diga-me se não foi esta uma feliz imagem! Feliz e bonita, concorde.

Tão bonita que resolvo fazer dela ponto final, só lhe aponho saudades, saudades sempre vivas.

Mécia” [de Sena]

Apesar de os diminutivos serem, pelos vistos, realmente obrigatórios.

Bibliografia: Isto tudo que nos rodeia (Cartas de amor) - Mécia de Sena e Jorge de Sena, Imprensa Nacional - Casa da Moeda

domingo, março 27, 2005

Iconoclastia pascal



Andrea Mantegna - Cristo Morto

sábado, março 26, 2005

Transformismo artístico



Andrea Mantegna - S. Sebastião

OU

Milícias viseenses - Um paneleiro bom é um paneleiro morto

Volta, Marquês de Pombal!

Tenho uma opinião suficientemente conhecida sobre a ICAR. Acredito que, numa sociedade democrática, num Estado que se quer de Direito, num país do séc. XXI, a simples existência de uma organização que controla a única instituição de ensino superior privado a receber financiamentos do Estado português, uma organização de cariz paramilitar (Corpo Nacional de Escutas), publicações próprias (e agência noticiosa!), que é proprietária de bens móveis e imóveis de valor inestimável, que continuadamente se imiscui nas esferas políticas, provocando mesmo o enviesamento jurídico de um país na direcção da sua doutrina, acredito, como dizia, que uma organização destas é perigosa para o próprio Estado! O que eu considero vergonhoso em Portugal é a simples existência de uma Concordata, por exemplo! Mas se alguma alminha obscurecida pela meia-luz da sacristia ou afectada pelo cheiro da cera queimada que me leia pensa que eu sou radical, dou-lhe um melhor exemplo:

Leiam isto. Leiam bem, com atenção! Reflictam naquilo que aqui se diz, nos factos, nas afirmações, nas atitudes. Aquilo que estão a ler é o resultado de uma educação obscurantista e impregnada de "valores católicos". Pensem nisso, numa época em que os pretensos defensores do amor universal que dizem ser os católicos tanto sofrem por amor a um homem. Pensem nos martírios e flagelações de Cristo e digam-me lá se não são, ao fim e ao cabo, a mesma coisa por que passam vários portugueses que, para azar próprio, vivem em Viseu.

É por isso que, neste momento, mais do que defender o fim dos privilégios iníquos dados à ICAR; me sinto cada vez mais inclinado a defender a extinção compulsiva, pura e simples, da ICAR em território português, como organização criminosa* que é!

* Criminosa, por exemplo, quando defende a propagação da SIDA. Criminosa porque tão criminoso é o autor material como o autor moral. E os maiores autores morais da homofobia portuguesa são esses sacristas, padrecos e bispaços que se empanturram alarvemente, seja de assados no forno, seja de criancinhas! Morra a ICAR, morra! PIM!

The Big Picture

A escolha era para mim evidente. O difícil era encontrar o parágrafo, não tenho o hábito de marcar, sublinhar ou anotar livros. É talvez o meu lado mais religioso, esta relação com os livros. Como se ao escrever neles os traísse e aos seus autores. É uma parvoíce minha, bem sei, mas não consigo até ao momento deixar de agir desta forma. Alguns minutos mais tarde que o estritamente necessário, encontrei-o, felizmente! Da morte, da arte, do amor. Da morte ou da arte do amor? Whatever, all that matters is the big picture...

"A morte é mais de que o amor, ou não é. A arte é mais do que o amor, ou não é. O amor é mais do que a morte e a arte, ou não é. O assunto é este. Este é o assunto. Isto é que é.

O que nos afasta deste assunto é a perda. A perda dos que amamos, do oriente, da esperança, do sítio onde íamos no livro. A perda é mais do que o amor, ou não é. Mais do que a arte, ou não é. A "quarta função" de Darius Cama somava ao esquema tripartido da cultura indo-europeia (soberania religiosa, força física e fertilidade) o necessário conceito existencial do estranho, do intruso, o homem separado, o divorciado excluído, o aluno expulso, o oficial exonerado, o estrangeiro ilegal, o nómada desenraizado, o que não acerta o passo, o rebelde, o traumatizado, o fora-da-lei, o pensador maldito, o revolucionário crucificado, a alma perdida.
As únicas pessoas que vêem o quadro todo são as que saem da moldura."

Salman Rushdie - O chão que ela pisa

Mais um excerto literário neste desafio. Façam-no também, se vos aprouver.

Ainda ontem falava disto...

À conta de trolhas, mecânicos e demais rebarbados deste país, o Litanias chegou hoje a um número de visitantes que, normalmente, só seria atingido daqui a alguns meses. De qualquer forma, aqui fica o registo desse momento que, por serendipidade, pude encontrar. Obrigado a todos!

sexta-feira, março 25, 2005

Por alturas de comemoração da morte...

...prefiro pensar no nascimento. Com uma das minhas representações preferidas de amor maternal (e não só).



Botticelli - Nossa Senhora do Livro

Da relatividade do Tempo

Acordo sobressaltado e o meu braço procura instintivamente por um corpo que, estivesse eu consciente, saberia que não está ali. A ausência que sinto e que inconscientemente tento ignorar, como que a convencer-me que não existe, faz-me procurar com mais afinco, apenas para constatar um facto que, à partida, não é novidade para mim. Não estás aqui ao meu lado, não sinto o teu calor para me entorpecer nos braços do sono mais rapidamente. Não escuto a tua respiração para me embalar lentamente num ritmo que a noite conhece bem. Tal como não é o teu corpo que me serve de repouso a um braço cansado destes dias em que tanto se agita, tentando imprimir eloquência a discursos erráticos.

Instantes mais tarde começa a formar-se na minha cabeça uma ideia mais real, menos toldada pelo sono abruptamente interrompido. Não estás aqui. Nem é suposto que estejas. Então para quê procurar algo que não existe e que sei não existir? Talvez para me fazer ver mais uma vez que algo está em falta. Que, pura e simplesmente, o quadro não está completo. Não sem ti. Não sem acordar a meio da noite para te aconchegar um pouco mais no nosso abraço nocturno.

Falta pouco. Muito pouco. Menos ainda do que tinha ideia, surpreende-me esta voragem do Tempo, dos dias que parecem fugir-nos nas mãos. Se é assim nestes momentos, como será em alturas de maior felicidade? Nos momentos que se avizinham e que cada vez mais me parece ser necessário viver de forma absoluta, como será? Perguntam-te por medos. O medo que tenho neste momento é de que o Tempo passe tão rapidamente que, quase sem me dar conta, acorde novamente sem te ter comigo.

quinta-feira, março 24, 2005

Eu já andava desconfiado... :)

All Is Fill Of Love
Your song is "All Is Full Of Love" Be
happy, it's a very beautiful song.


Which Bjork song are you?
brought to you by Quizilla

D'aprés le Ch'Efe...

Desafio para hoje

Como explicar a um grupo de 20 crianças entre os 6 e os 12 anos, em 2 horas, 4 milhões de anos de evolução humana sem as matar de tédio?

How does it feel

How does it feel
To be on your own
With no direction home
Like a complete unknown
Like a rolling stone?

quarta-feira, março 23, 2005

O País Relativizou-se

Cumprem-se hoje dois anos de existência do País Relativo, provavelmente dos primeiros blogs portugueses e, seguramente, dos primeiros sobre política. Habituei-me a visitá-lo regularmente, mesmo discordando de algumas ideias ali expressas. Hoje, no dia em que cumpre dois anos, o País Relativo decide, absolutamente, dar fim ao longo caminho percorrido. Não posso dizer que fique contente, acho até que o tchernignobyl tem razão, este não é o momento de precisarem de descansar. Mas quem sou eu para pôr em causa as opções dos outros relativamente aos seus blogs?

Cá esperamos o regresso. Afinal, como vós próprios dizem, "O país relativo, o blogue, acabou.". Não quer dizer que não surjam novos formatos e novos projectos...

É a última vez que falo na Carla Matadinho

Eu sei, este assunto já começa a cheirar mal. Mas tenho de seguir um conselho amigo e mostrar-me agradecido. Há que agradecer sempre às pessoas que nos ajudam de alguma forma na vida, sempre me ensinaram. É por isso que presto aqui a minha homenagem à Carla Matadinho. Se não fosse ela, o seu descuido com umas fotografias (analógicas, creio) e a sua clarividência na hora de transformar esse infortúnio numa fortuna, tornando-se no ícone da loira-reboluda-chunga-tuga, este blog continuaria indefinidamente no marasmo a que se encontrava votado! É o que se pode chamar de visão de fu(tu)ro!

Carla, obrigadinho, pá! Podes não me levantar mais nada, mas o número de visitantes já mo levaste ao tecto!

O esterco começou a cheirar mal

O ex-ministro da Administração Interna, Daniel Sanches, assinou um despacho conjunto com o ministro Finanças, Bagão Félix, três dias depois das eleições legislativas, adjudicando um sistema de comunicações, no valor de mais de 500 milhões de euros, a um consórcio liderado pela Sociedade Lusa de Negócios (SLN), uma holding para a qual o próprio Daniel Sanches trabalhou, antes de integrar o Governo de Santana. A notícia é avançada pelo jornal Público esta quarta-feira.
Dias Loureiro, presidente da mesa do congresso do PSD, também está ligado a este grupo como administrador não executivo e o ex-secretário de Estado dos Assuntos Fiscais de Cavaco Silva, Oliveira e Costa, é o presidente da SLN.
A adjudicação do Sistema Integrado das Redes de Emergência e Segurança de Portugal (SIRESP) - uma infra-estrutura de comunicações móveis, que permitirá a interligação entre as várias forças de segurança, a emergência médica e a protecção civil - foi assinada no dia 23 de Fevereiro.
Segundo avança o Público, em Julho de 2003, o Governo convidou cinco empresas de telecomunicações a apresentar propostas, mas apenas o consórcio vencedor enviou um projecto. Depois de pagarem 15 mil euros para participarem no concurso, os restantes empresas desistiram, algumas alegando que o concurso já estava decidido.


Os bastiões da seriedade, os baluartes da transparência... Berlusconis à portuguesa, palhaços, aldrabões, demagogos de merda!

terça-feira, março 22, 2005

Aaaaaaaahhhhh, então é isso...

Eu realmente andava a estranhar, mas o Oliveirinha (hoje estou-te a citar muito, pá!) lançou luz sobre as trevas que me toldavam a correcta compreensão do fenómeno de boom de visitantes. Tudo se deve à Carla Matadinho! Afinal, eu andava aqui a pensar que vinham cá em busca de uns momentos de boa escrita, partilha de ideias, opiniões, sentimentos... E afinal vieram cá cair centenas de pessoas nestes últimos dias à procura de uma loira alentejana cuja única habilidade conhecida publicamente foi ter-se deixado fotografar a fazer sexo anal com o namorado! Sinceramente! Eu tinha-vos em melhor conta!

Pois olhem, bem feita! Ainda bem que não comentam e ainda bem que não encontram nenhuma foto dela por aqui! A ver se deixam de ser uns alienados, pá! Vão trabalhar, malandros!

Sexo animal


Era isto que querias dizer com um bom título?

"O que é um Lulu?"

...pergunta um incauto comentador do caríssimo amigo Oliveirinha.

Um Lulu é a espécie mais abjecta de canídeo à face da Terra. Os Lulus deviam ser proibidos. Exterminados. Impedidos de procriarem! Cada vez que vejo uma bola de pêlo branco encaracolado com aproximadamente 30 cm de altura, a mania que é grande e aquele ar ridículo de cão que caiu no secador de roupa e não percebeu, os meus mais selvagens instintos de caçador-recolector regressam em mais uma das suas inúmeras reminiscências. Olho para aquele erro da Natureza (sim, que ela também se engana!) e apetece-me caçar a malfadada criatura!

Um dos meus projectos para este ano que, inevitavelmente, vai ser adiado, era começar uma série de experimentações com propulsores. Seria esta mais uma tentativa de fazer algo que em Portugal, infelizmente, pouco se vai fazendo; Arqueologia Experimental. Ora, neste projecto, creio que os melhores alvos seriam Lulus. Pelo menos, seriam aqueles que melhor conseguiriam trazer à tona em mim os sentimentos necessários a uma boa caçada. Isso ou uma foto de família do anterior governo...

Este ódio visceral aos Lulus é, ainda assim, algo de incompreensível para mim. Terei eu, numa qualquer encarnação plistocénica sido um felino? Se sim, só espero que fosse um destes...

segunda-feira, março 21, 2005

Comments, please!

Isto dos blogs tem que se lhe diga. Ando perdido por estas bandas há quase ano e meio e ainda hoje me surpreende a capacidade que a blogosfera tem de se renovar e nos apanhar desprevenidos.

O facto é que já me tinha resignado à ideia que o Litanias andava em lenta agonia, em termos de visitantes. Gostamos muito de dizer que não nos importamos com isso, mas não é verdade. Afinal, o próprio acto de criar um blog e, na configuração do Blogger definirmos esse blog como público pressupõe uma dose mínima de narcisismo. E de vontade que os outros nos leiam. Podemos não viver a nossa escrita blogueira de acordo com aquilo que sentimos ir fazer mais pelo nosso contador de visitas, mas existe sempre uma inconsciente preocupação com essa entidade não palpável, os visitantes.

Já passei por fases com mais e menos leitores. Era normal, um ciclo periódico mais ou menos estável que, até certo ponto, eu até já sabia como contrabalançar (os públicos demasiado fiéis dão nisso, por vezes, começamos a conhecer-lhes as manhas...). Mas esta semana algo aconteceu por aqui. De repente, após uma das fases com menos visitantes por estas bandas (e sem que eu recorresse aos assuntos típicos nestas alturas), as visitas dispararam. Assim, repentinamente, na Sexta-Feira, o número de visitantes rebentou com a escala, passando dos habituais menos de 40 visitantes diários para mais de 80, bastante próximo do valor "record" do Litanias. Ever. Durante o fim-de-semana, período que habitualmente corresponde a uma baixa significativa das visitas, estes números foram completamente pulverizados, atingindo-se um número superior a 150 visitas no Domingo!

Sinceramente, não percebo muito bem porquê, mas ao olhar para os dados do Sitemeter, chego à conclusão que surgiu por aqui uma fornada de novos visitantes. A todos, as boas-vindas. É um novo fôlego que chega, para tirar do marasmo este cantinho blogueiro!

Aproveito só para vos dizer que podem comentar à vontade. Este blog sempre foi feito por mim e por aqueles que o lêem. Às vezes, até mais por esses que por mim...

Mesmo assim

Não me peças desculpa por algo que não controlas. Não te culpabilizes se, afinal, sou eu quem insiste e te tira do sério. Não precisas, não fazes de propósito e não são os teus verdadeiros sentimentos, esses. Eu sei que não...

Pensemos antes que a fuga está já aí, ao virar da esquina. A fuga de problemas, inquietações e frustrações do dia-a-dia. Mesmo não sendo adepto da fuga aos problemas, compreendo a importância da distância, durante um período de tempo, daquilo que nos traz desgostosos, como forma de recuperar energias para o enfrentar de novo.

Já o fiz no passado e quero ajudar-te a fazeres o mesmo, se o desejas. Mesmo que a distância que te proponho seja apenas mental. Mesmo que a fuga seja curta, talvez demasiado curta para tudo o que precisamos fazer. Mesmo assim, no dia da separação nada será como dias antes, estou certo. Mesmo assim...

Porque mesmo quando me respondes de forma mais ríspida, mesmo nas fases menos alegres, mesmo chorona, mesmo assim, é de ti que gosto.

sábado, março 19, 2005

Património(s)

Tornou-se acesa hoje a discussão em torno da necessidade da exactidão dos conceitos e da correcta utilização dos mesmos. A forma como a dialéctica me foi transmitida leva-me a defender o mesmo. Neste caso, falava-se de património. E sendo o património um horizonte (cada vez mais) vasto, mais premente se torna esta necessidade.

Creio que todos temos uma noção mais ou menos homogénea do que é património. Se nos perguntassem o que entendemos por património, muito provavelmente as respostas andariam em torno dos monumentos e obras de arte. Ou seja, é consensual a ideia de património artístico e arquitectónico como sendo representativos do conceito de património. Mais lentamente nos lembraríamos do património arqueológico e etnográfico. E, a menos que andemos atentos, não nos lembraríamos dos conceitos de património intangível e de paisagem cultural.

O facto é que, se levarmos à letra todas as definições que existem actualmente de património(s), verificamos que tudo é património. O que não deixa de ser verdadeiro. Afinal, tal como o conceito de cultura abarca a noção de que todos nós temos uma cultura, também é claro que todos temos um património. Algo que definimos como valioso, não monetariamente, mas porque cultural ou identitariamente nos diz algo ou nos provoca curiosidade.

Paradoxalmente, o património arqueológico, particularmente o de cronologias pré-históricas, tende a ser sub-valorizado pelo público não especializado. Sobretudo se comparado com o património arqueológico de cronologia histórica, romano ou medieval, por exemplo. Paradoxal, porque, cultural e identitariamente, o património pré-histórico diz algo a todos nós; conta-nos a história mais rocambolesca, longa e determinante para a História humana. Quando tudo aquilo que somos hoje ganhou forma e grande parte dos conhecimentos de base do nosso desenvolvimento social e tecnológico foram adquiridos.

Que me perdoem os colegas "Históricos", não se trata aqui de uma provocação ou menorização do vosso trabalho. Apenas um desabafo de um "Pré-Histórico" que por vezes precisa alijar a carga.

sexta-feira, março 18, 2005

Encore

Hoje e amanhã, estou aqui, por isso, novos posts só mailogo. Entretanto, podem ler o programa da conferência.

(Não, eu não ando feito académico a saltar de congresso em congresso... Mas este também conta para o mestrado.)

quinta-feira, março 17, 2005

Are you near?

Há momentos em que me sinto num lugar diferente daquele em que estou. Ontem, por exemplo, enquanto à mesa falavam sobre uma série de coisas, eu não conseguia deixar de pensar numa coisa. Em ti. No momento em que nos reencontraremos. Aquele que já imaginaste. Pensei que bom era chegarmos junto um do outro e abraçarmo-nos, sentir a tua pele enquanto te beijava. Lembrei-me da tua voz, que tenho quase a certeza que não se vai ouvir muito.

E depois dei mais um salto no Tempo. Para um momento em que estávamos finalmente juntos. Que tínhamos tudo aquilo que merecemos, finalmente, a começar um pelo outro. Em que, ao chegar a casa, fosse a tua a voz que escutava. Que isso fosse normal. Neste caso, não a normalidade como monotonia, mas antes crescimento. Nosso, individual e em conjunto.

Saber-te ali, ao meu alcance. Sem motivos possessivos, somente pela necessidade de uma felicidade que adivinho...

quarta-feira, março 16, 2005

Portugal e os seus nomes

A saga das fotografias nortenhas continua...

Estro

Embrulhado em actividades de inventário (profissional e mental), olho à minha volta em busca de uma falha no trabalho. Por sorte, é o meu próprio local de trabalho que me dá respostas. Mesmo quando não fiz pergunta alguma.


segunda-feira, março 14, 2005

Uma pausa para pensar

A meia-encosta, para evitar amaldiçoar a subida íngreme e a lonjura dos jipes, uma pausa para um último olhar com olhos de ver a locais que pretendo revisitar. E para pensar. Em amores. Velhos e novos.


sexta-feira, março 11, 2005

Alijó Gazette

Sete horas de viagem depois, Alijó é-me apresentada por uma colega e amiga, desta vez na qualidade de elemento do staff das II Jornadas Transmontanas de Arqueologia. Até ver, somos poucos e já há algum atraso no início (como sempre, nada de novo!). Amanhã pelo meio-dia está marcada a apresentação dos posters, onde me incluo. Aguardo pelo que Alijó tem para oferecer. Ao país, já deu um Primeiro-Ministro. A mim, já me deu as melhores condições de dormida que alguma vez tive num congresso. Algures na minha suite transcontinental e multi-religiosa (divido quarto com o meu colega de mestrado Djidere, senegalês e muçulmano).

Se possível, tentarei ainda postar ao longo deste fim-de-semana, pois o auditório das Jornadas tem um espaço internet gratuito com muito bom gosto e Coltrane como música ambiente!
:-) :-) :-)

terça-feira, março 08, 2005

O 8 de Março mediático

Eu já andava com dúvidas, mas desta vez tive a confirmação:
a SIC é a cadeia portuguesa de televisão com o sexismo mais profundo. E mais dissimulado. Posso desde já imaginar nas vossas mentes a interrogação, a dúvida que se insinua "Então e a SIC Mulher?...". A SIC Mulher é o exemplo mais acanado desse mesmo sexismo. Serve para o mesmo que as revistas femininas, universo a que já me referi noutras ocasiões.

Mas hoje, dia 8 de Março, é o dia em que a SIC mais sublimemente exerce um machismo latente (facto que, afinal, é facilmente compreensível, tal como um cão reflecte a personalidade do seu dono, também uma cadeia de televisão reflecte o penteado do seu accionista maioritário). Ao almoço, o Primeiro Jornal debita reportagens dedicadas ao dia. Daquelas que vocês sabem. Com mulheres de sucesso, para fazer esquecer as outras todas, numa suposta onda positiva que querem que varra este país. Positiva e revisionista, mas positiva. O primeiro caso é o de uma empresária de sucesso. Trinta segundos mais tarde, já me foi dito que a dita empresária de sucesso o foi "à força", devido à viuvez. Ou seja, contam-nos a história, supostamente exemplar do espírito empreendedor e de liderança feminino, da mulher que se tornou empresária porque o marido morreu, para evitar a perda do negócio. E o melhor que conseguem/querem arranjar é uma pessoa que "precisou" que lhe começassem o negócio para se tornar numa "empresária de sucesso"?!

Já o segundo caso é muito mais interessante, exótico pelos parâmetros televisivo-generalistas portugueses: a mulher numa "profissão de homens"! A primeira bombeira municipal da Figueira da Foz em décadas! Ou seja, em vez de uma reportagem que se questiona o porquê de só agora isto acontecer, ouvimos o comandante e colegas e o ar compenetrado da bombeira a fechar a viseira em fim de reportagem. Só faltou a banda-sonora do "Academia de Polícia" e a paródia ao esforço e trabalho de uma pessoa tinha ficado completa.

Aliás, há que pensar melhor nessa questão das "profissões de homens". O facto é que, olhando para essas profissões que querem à viva força que chamemos de "tradicionalmente masculinas", vemos sobretudo profissões físicas e com índices de perigosidade mais elevados. O que não deixa de ser curioso, sabendo nós que as profissões que se opõem a estas, as de chefia, são (sempre foram) maioritariamente ocupadas por homens. Das duas uma, ou a existência e manutenção desta expressão (profissão tradicionalmente masculina) no léxico quotidiano português, alimentada pelos meios políticos e mediáticos, tem como objectivo convencer-nos de que as mulheres têm reservado o mundo das chefias e altos cargos ou, então, que não trabalham...

Já que mais ninguém escreve, têm de levar com as minhas azias! ;-)

Sobre o Dia da Mulher

Quando era pequena, achava o dia da mulher muito importante. Tão importante como o Natal, o dia da Mãe, ou mesmo o dia do meu aniversário. Quer dizer, tão importante como o meu dia de anos não era. No dia da mulher eu não recebia prendas. Não havia festas nem me telefonavam do Alentejo. Não ia ao jardim zoológico (geralmente calhava sempre haver uma visita de estudo no meu dia de anos) nem levava caramelos para a escola. O dia da mulher era um dia normal, com a excepção que nesse dia havia muitos homens na rua a dar rosas e cravos vermelhos às mulheres que passavam. De graça.

Uma vez o meu pai levou uma rosa para casa e deu-a à minha mãe que a meteu na jarra no corredor em frente à porta. Eu achei aquilo um bocado descabido. Se o meu pai lhe queria oferecer flores, que o fizesse como mandava a regra, que comprasse umas doze ou vinte e quatro, como dizia aquela música que a minha mãe gostava de ouvir, e que as trouxesse envoltas num papel aos coraçõezinhos e com um bilhetinho de amor. Mas não. No dia da mulher não era preciso ser assim. Bastava uma rosa.

Foi nesse dia que aprendi a palavra “simbólico”. A rosa era simbólica, diziam eles. Como pôr creme protector mesmo antes de ir para a água, não fazia efeito mas aliviava a consciência. Era simbólico. Só para dizer que se fez, para não irmos dormir a pensar que não lavámos os dentes e que vamos acordar no outro dia com muitas cáries. Então bochechava a boca com água e já estava. Era simbólico.

Quando cresci mais um bocadinho apercebi-me que afinal de contas não significava nada. A rosa. A minha mãe pelo menos nunca lhe ligava grande coisa. E o meu pai também não. Eu, tanto fazia. Não me deixavam ainda receber uma rosa porque ainda não era mulher. Um dia quando fosse grande iria entender. Mas agora ainda não. Mas eu não me preocupava. Estava muito contente por ainda não ser grande e não ter um marido que fosse para a bola aos domingos e não me quisesse levar com ele. Nunca percebi bem porquê. Isso de haverem coisas de homens e coisas de mulheres. Como nunca me terem deixado brincar com carrinhos. Eu que gostava tanto dos carrinhos da Fórmula 1.

Neste dia eu pensava sempre muito. Fazia-me impressão o dia. Essa coisa do simbólico. Do fazer para dizer que se fez, mesmo sem se fazer nada. E eu não gostava nada de pensar (nisso). Eram coisas de adultos. Por isso, ficava muito aliviada quando já era dia nove e eu podia ir para a escola contente sem ter de decidir se era bom ser mulher ou não.

Polliejean

sexta-feira, março 04, 2005

Andava mesmo a precisar de um destes!

folknik
You are a Folkie. Good for you.


What kind of Sixties Person are you?
brought to you by Quizilla

8 de Março

No dia 8 de Março, o calendário dos Dias Internacionais de "muita coisa" recai no Dia Internacional da Mulher. É, quanto a mim e pelo que me venho apercebendo de conversas ao longo dos anos, uma data não-consensual, mesmo junto de quem pretende homenagear, as mulheres. O dia 8 de Março é visto por alguns como um dia que deve ser utilizado para lembrar as disparidades de género ainda existentes aos olhos da nossa sociedade. Outros acham que, precisamente para ajudar a atenuar essa diferenciação se devem evitar efemérides deste género, que a existência de um dia específico para as mulheres prefigura, em si mesmo, uma forma de discriminação não necessariamente positiva. Conheço a história por trás do dia 8 de Março. Mas gostaria de saber as vossas histórias por trás dessa data. As vossas opiniões, ideias, propostas para um futuro que se quer mais igualitário. Nestes dias de ataque (sobretudo) aos direitos da Mulher, proponho-vos que me digam o que pensam. Para onde devem enviar essas reflexões, já sabem. Estas devem rondar as 300 palavras e serão todas publicadas com o nome do autor.

É a primeira vez que vos proponho a participação directa no Litanias. Faço-o por curiosidade em relação às vossas ideias mas também por saber que daqueles que frequentam esta casa posso esperar bons momentos de escrita. Sem medo das palavras... :-)

There's something about you...

Pensava há uns dias no tempo em que éramos apenas amigos. Desconhecidos, na prática, que se entretinham um ao outro nas horas mortas, divertidos em conversas mais profundas do que deveriam para quem se desconhecia tão bem. No tempo em que te contava caprichos meus, momentos do dia-a-dia, pequenos encontros com pessoas que me agradavam. Que me falavas de encontros teus sem um final feliz. E como nos aconselhávamos mutuamente, como queríamos que o outro encontrasse a felicidade. Não sei se estaríamos assim tão longe de imaginar que a felicidade já a tínhamos ali mesmo, que os labirintos em que nos embrenhávamos acabariam por nos atirar para a mesma saída. E que quando nos encontrássemos nessa saída tudo faria muito mais sentido. Saberíamos isso, ainda que inconscientemente?

Não sei. Até certo ponto, acredito que sim. Acredito que já teríamos algures pensado nessa possibilidade. O que sei é que, para lá das contrariedades e condicionantes, é infinitamente maior aquilo que nos une que aquilo que nos separa. Que há em ti muito, muito mais do que imaginei, a cada dia me vais surpreendendo, em reacções, sentimentos e atitudes. Que nunca tive tantas certezas como agora. E por tão poucos factos concretos. Deve haver algo em ti de muito especial, realmente...

E a minha felicidade reside no facto de partilhar o que partilho com alguém como tu.

quinta-feira, março 03, 2005

Improbable soundtrack sequence

Take On Me - A-Ha
Physical - Olivia Newton-John
Smalltown Boy - Bronski Beat
This Charming Man - The Smiths

As rádios online do Winamp têm umas playlists muuuuuuuito estranhas...

As fotos da Carla Matadinho nos videos do Taveira

Insurge-se o Oliveirinha contra a falta de amuse-gueules em Portugal, em termos de proezas sexuais cinematografadas por celebridades. Vai mais longe, diz que não compreende o interesse dos outros, os simples anónimos em ver tais coisas. E que as celebridades portuguesas não têm interesse nenhum, por isso é que não há material desses a circular por aí. O sacana!

Bom, primeiro que tudo, há que dizer que concordo em parte com isso. Não se compreende! Mas os músicos, actores, socialites, presidentes de junta, de clubes de futebol, modelos e afins não têm vida sexual?! Têm, está mais que visto (nem por isso, mas presumimos, não é?)! Mas será que filmam esses momentos? Sei lá, para mais tarde recordar... Ou, no caso dos jogadores de futebol, para reverem as jogadas mais importantes e estudarem os erros para melhorar na próxima jornada. Não filmam? Não têm colecções de home-videos escondidas onde estão aquelas noites em que assumiram finalmente perante as câmaras que gostam de ser atad@s/vendad@s, que o vosso petit-nom sexual preferido é, afinal, "Toni" ou "Jaquinzinho"? Sinceramente... Não acredito! Não acredito que não existam videos caseiros do Vítor Espadinha a gritar "E rodó palcooo!!!" ou da Fátima Lopes a cantar o "All you need is love" em cima daqueles sofás vermelhos! E o "Na cama com..." nunca me enganou, aqueles intervalos não eram intervalos... Os verdadeiros intervalos faziam-nos eles enquanto transmitiam o programa em si, não se vê logo?! Bom, mas o facto é que existe um défice. Não temos propriamente videos do calibre da Pamela Anderson ou da Paris Hilton em Portugal. O mais próximo que estivemos disso foi com a Fernanda Serrano e, mesmo assim, para se descobrir logo de seguida que era uma das 5000 actrizes porno que todos os anos (se) vêm da Hungria para a indústria do sexo mundial, por acaso parecida com a Nandinha...
Mas se há coisa que os portugueses gostam, é de combater défices! Por isso, vamos lá, tudo à caça dos videos porno das celebridades portuguesas!

Por outro lado, a questão da curiosidade em relação a esses filmes. Desculpa lá qualquer coisinha, mas isso até é desonesto intelectualmente! E ainda por cima, fazes-te de inocente! É claro que tudo deriva de um prazer mórbido, voyeur. Mas mórbidos é aquilo que os portugueses conseguem ser melhor, logo depois de coscuvilheiros, religiosos e fadistas. O que o pessoal procura nesses filmes é o pormenor íntimo, o saber que aquilo foi real, que foi feito por pessoas que não são pagas para isso. Mas o que atrai verdadeiramente as pessoas neste tipo de filmes é a possibilidade de descobrirmos de repente coisas inusitadas e que nos aproximam das pessoas que nos habituamos a ver nos media, os "famosos", que os tornam em seres humanos normais, com os mesmos defeitos de todos os outros. E o inevitável espanto que se segue a esses momentos de descoberta:

"Nunca pensei que a Rita Mendes gostasse de fatos de vinyl..."

"Olha, afinal o Ricardo Araújo Pereira também sofre de ejaculação precoce!"


"A Bárbara Guimarães com 5 trabalhadores da construção civil cabo-verdianos?! Eu bem me parecia que a Filosofia alimentava muito bem a alma, mas o resto já são outros 500... Ou 5, conforme a disponibilidade!"

"Eh, olha ali o João Lagarto vestido de oficial do KGB a levar um açoite! Ganda maluco!"

E é destes momentos de serendipidade que se faz a alegria do dia-a-dia da turba anónima a que pertence o cidadão comum português como tu e eu, Oliveirinha...

terça-feira, março 01, 2005

A dura realidade

Percebo que sou um arqueólogo quando qualquer estagiário tem um carro melhor que o meu.

"Mataaaaar!"

O meu corpo tem o terrível hábito de não começar a funcionar todo por igual, ou seja, à mesma velocidade em todos os seus componentes. Normalmente, as pernas demoram um bocado mais a arrancar de manhã (ou pelo menos é a melhor desculpa que consigo arranjar para um andar um bocado arrastado quando saio da cama) e a cabeça é, inevitavelmente, a última parte a arrancar. É como um computador cujo disco rígido arrancasse mais tarde que o resto dos componentes.

Fruto deste arranque lento, há determinadas coisas que preciso fazer maquinalmente até começar a raciocinar devidamente. São os meus procedimentos de segurança, que me vão surgindo como pensamentos únicos até que eu os cumpra. Um pouco à moda dos zombies cuja mente vazia só consegue abarcar um único conceito - "Mataaaaar!" (dito de forma sibilina e arrastada dá um óptimo efeito...). Eu também só consigo pensar numa coisa de cada vez, nesses momentos. Felizmente, sou um pouco mais avançado que um zombie, o que leva a que consiga pensar ciclicamente em conceitos diferentes: "Lavar a caaaaara!"; "Comeeeeer!"; "Cafééééé!"; "Cigaaaaarro!". Passados estes procedimentos de rotina, creio que o meu cérebro torna-se apto a funcionar convenientemente para o resto do dia (dentro do que é possível com o processador que trago instalado...). Antes, nem por isso!

Mas quando, ainda antes do café e cigarro, chego ao trabalho e dou de caras com alguém que, às 9 da manhã, ouve alegremente o "Filhos da Nação" com ar de quem está feliz por estar vivo e a trabalhar, há uma rotina de segurança que faz override a todas a outras: "Mataaaaar!"...